Stone (STOC31) quer reduzir poder de voto de acionistas após saída de cofudador

A companhia enviará um pedido técnico de mudança de controle ao Banco Central (BC)

A Stone (STOC31), nesta quarta-feira (01), anunciou que irá enviar um requerimento técnico de mudança de controle ao Banco Central (BC). A credenciadora afirma que após Eduardo Pontes, cofundador da companhia, trocar suas participações em ações classe B, com direito a 10 votos, para ações classe A, com direito a um voto, as subsidiárias Stone Pagamentos e Stone Sociedade de Crédito Direto submeterão ao BC o requerimento. Após aprovação do processo, uma redução na concentração de votos dos fundadores será realizada, fazendo com que nenhum acionista único tenha mais de 50% do poder de voto da companhia. 

Com a troca, Pontes está abdicando de sua capacidade de influenciar as decisões na companhia, que está em processo de reestruturação e viu seu valor de mercado derreter em 2021. 

De acordo com a Stone, com a desvinculação de Eduardo Pontes da Holding Company dos fundadores (“HR Holdings”) e com a conversão de suas ações Classe B com Voto Múltiplo originais em ações Classe A com Voto Regular, os dois cofundadores da companhia agora possuem coletivamente menos de 50% do poder de voto.

Desde o ano passado, o valor de mercado da Stone derreteu mais de 80%, fazendo com que a empresa tenha que resgatar a confiança do mercado. Nesta quarta-feira, as ações da empresa eram negociadas com alta de 2,99% após a divulgação das mudanças na estrutura, cotadas a US$ 10,34.

Em abril, o Pipeline, site de notícias, noticiou que o BTG Pactual (BPAC11) estaria interessado na Stone. O banco estaria cobiçando o acesso que a credenciadora tem a pequenas e médias empresas, segmento em que o banco controlado por André Esteves pretende crescer.

De acordo com o CEO da Stone, Thiago Piau, a reorganização é uma consequência mecânica e natural da saída de Pontes. Para ele, o processo é uma “evolução positiva na governança e maturidade da organização”.

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