A Stone (STOC31), empresa de adquirência, serviços financeiros e software, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 76,5 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo prejuízo registrado no mesmo período do ano passado. Em um trimestre, o resultado da companhia aumentou em 48% pelo mesmo critério.
O lucro antes de impostos (EBT, na sigla em inglês) ajustado consolidado foi de R$ 107 milhões, também revertendo perdas registradas no segundo trimestre de 2021. A partir deste trimestre, a Stone deixou de ajustar no resultado as despesas com o bond que emitiu, em 2021, para financiar a compra de uma posição no Inter. Essa fatia foi reduzida com a migração do Inter para a Nasdaq.
A base de comparação anual, de todo mundo, abrange o trimestre mais conturbado da história da Stone. Foi no segundo trimestre de 2021 que a companhia paralisou as concessões de seu produto de crédito e aumentou as provisões após um forte crescimento da inadimplência dos empréstimos que haviam sido concedidos.
Responsável pela estratégia corporativa da companhia, Lia Matos disse, ao Broadcast, que a retomada do produto não deve acontecer neste ano. “A cabeça, nesta segunda metade do ano, é testar todas as melhorias em sistemas e funções de produto”, afirmou.
A receita líquida da Stone mais que dobrou no comparativo anual, chegando a R$ 2,3 bilhões, graças ao aumento de 101,5% nos números de serviços financeiros, e de 23% na receita de software, em que estão os resultados da Linx.
Tanto na receita líquida quanto no lucro antes de impostos, a Stone superou os guidances trimestrais que estabeleceu na divulgação passada. “A principal mensagem é de consistência nesse objetivo do ano, de equilibrar rentabilidade com crescimento”, pontuou Lia. “Tivemos sucesso em atingir esse objetivo”.
Stone realiza novos reajustes de preço
A take rate (medida da conversão de volume capturado em receita) da Stone subiu de 2,06%, registrados até março, para 2,09% no trimestre. A companhia fez novos reajustes de preço no período, para repassar o aumento da taxa Selic aos clientes, e em linha com o que as concorrentes têm feito.
“A gente imagina que tem espaço para fazer mais reprecificação, inclusive de forma mais intensa que no segundo trimestre”, pontuou Rafael Martins, vice de finanças e relações com investidores, segundo o Infomoney.
Ainda de acordo com ele, parte desse ajuste já aconteceu no Ton, marca da Stone direcionada a empreendedores. Em outros segmentos, também deve ocorrer.
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A Stone continuou crescendo no volume de transações, com um avanço anual de 50%, para R$ 91 bilhões, sendo que em micro, pequenas e médias empresas, o volume capturado foi de R$ 69,9 bilhões, alta de 78,8% no comparativo de 12 meses.