Fora da Bolsa

Supermercado St. Marche quer renegociar dívida de R$ 639 mi

A medida antecede um possível pedido de recuperação judicial, que consta na petição protocolada pela dona do supermercado St. Marche

Foto: St. Marche/Divulgação
Foto: St. Marche/Divulgação

O grupo varejista St. Marche, dono do supermercado de mesmo nome e do Empório Santa Maria, foi ao Tribunal de Justiça de São Paulo para pedir uma cautelar que suspenda a execução temporária e vencimento antecipado de suas dívidas por 60 dias. A dívida da empresa soma R$ 639 milhões, sendo R$ 200 milhões em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).

A medida antecede um possível pedido de recuperação judicial, que consta na petição protocolada pela dona do supermercado. Mas a St. Marche, neste momento, tenta negociar um acordo com os credores financeiros para a reestruturação da dívida fora da RJ, segundo apuração do “Pipeline”. 

O FTI foi contratado pela dona do supermercado Empório Santa Maria como assessor financeiro e o escritório TWK para assessorá-la no processo.

Além da holding ST Marche Participações, o pedido também integra as empresas operacionais do grupo – Hortus, Alimentum, Virtus, Sanctus, Astrum, Fides, Via e Fortis. Uma renegociação de dívidas com os credores já era discutida pelo St Marche, que abriu, em 16 de fevereiro, um processo de mediação na Aliar, Câmara de Resolução de Conflitos.

Mais cedo, o “Valor” antecipou que o grupo dono do supermercado St. Marche, por meio de suas holdings, entrou com pedido de medida cautelar na Justiça de São Paulo, já concedido parcialmente, para impedir o vencimento antecipado de dívidas da empresa e liberar valores em recebíveis.

Rede de supermercados Coelho Diniz amplia participação no GPA

Os controladores da rede mineira de supermercados Coelho Diniz, presentes em seis cidades de Minas Gerais (Governador Valadares, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Caratinga, Manhuaçu e Teófilo Otoni), têm feito investimentos para compra de ações com o intuito de ampliar sua participação no Grupo Pão de Açúcar (GPA).

Os investimentos estão sendo feitos por membros da família Coelho Diniz, por meio de pessoas físicas. Com 22 lojas, a empresa tem demonstrado interesse em expandir sua influência no setor supermercadista, especialmente em relação ao GPA.

Mudanças no controle do GPA: o fim do domínio do Casino

Recentemente, o panorama do GPA passou por transformações significativas com a saída do controle do Casino, varejista francês que há anos mantinha uma participação dominante no grupo brasileiro.

Em um anúncio, o Casino revelou que deixará de ser o controlador do GPA, após a companhia brasileira realizar um aumento de capital que levantou R$ 704 milhões. 

Como resultado dessa mudança, a participação do Casino no GPA foi reduzida de 40,9% para 22,5%, o que implica na perda do controle da empresa.

Com essa diluição, o GPA passará a não ter mais um controle definido e o Casino permanecerá com apenas dois representantes no conselho de administração da companhia. 

O anúncio ocorre em um momento delicado para o grupo francês, que está passando por um processo de reestruturação de sua dívida sob a liderança do bilionário tcheco Daniel Kretinsky.

Essa reestruturação é uma tentativa do Casino de reorganizar suas finanças em um cenário desafiador, refletindo as dificuldades financeiras que o grupo vem enfrentando nos últimos anos.

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