A Suzano (SUZB3) confirmou a criação de um venture capital para investir, inicialmente, US$ 70 milhões em startups no Brasil e no mundo
A “Suzano Ventures” será responsável por fomentar companhias que estão em fase de desenvolvimento.
A principal estratégia da gigante do mercado de celulose inclui construir uma plataforma global que estimule inovações nas áreas de baixo carbono.
Com isso, o aporte de US$ 70 milhões será destinado para empresas que estão no pré-seed (fase laboratorial), mas também poderá trabalhar com companhias de série A (com maior estruturação), desde que os negócios trabalhem com soluções relacionadas à bioeconomia florestal.
De acordo com informações do “Valor”, o diretor de negócios e corporate venture da Suzano Ventures, Julio Ramundo, falou sobre a necessidade de aplicar o investimento para que outras empresas tenham acesso às tecnologias necessárias para produzir de forma mais sustentável.
“Com a Suzano Ventures, queremos acelerar o processo de inovação da companhia”, disse Ramundo.
Suzano pretende iniciar pesquisas para investimentos já em 2022
O diretor também afirmou que ainda não há prazos estipulados para a implementação da estratégia de investimento, e que ainda estão na fase de aprovação inicial dos US$ 70 milhões.
Entretanto, já existe a vontade de iniciar os investimentos ainda neste ano, começando por um startup inglesa.
“Acreditamos que, nos próximos meses, haverá um fluxo recorrente de oportunidades”, relatou o diretor-executivo.
Parte da estratégia da Suzano Ventures é iniciar a primeira seleção de projetos recorrentes em agosto desse ano, e, nos meses seguintes, já firmar contratos com startups de fases de desenvolvimento.
A estimativa é de participar de 10 a 15 negócios Séria A, e de 15 a 20 projetos pré-seed.
Priorizando o caráter parceiro da Suzano, Ramundo também revelou que os investimentos devem corresponder a participações entre 10% e 40% nas startups, a fim de “não ter uma posição dominante ou arrogante, mas fazer com que a Suzano seja parceira preferencial desses ecossistemas no mundo”.
No mesmo sentido da proposta dos aportes, a companhia já possui algumas parcerias com companhias do segmento biosustentavel. Alguns exemplos são a Futuragene, empresa de biotecnologia com foco em melhoramento florestal.
Enquanto isso, a finlandesa Spinnova já fez trabalhos com fibras têxteis a partir de celulose e é avaliada em US$ 390 milhões. Ambas são subsidiárias da Suzano.