A SVN Gestão divulgou a sua carta mensal de outubro e destacou a boa valorização da bolsa no mês, o que fez o SVN FoF Long Biased acompanhar a rentabilidade com menos volatilidade. No entanto, os resultados não foram divulgados por motivos regulatórios.
“O fundo tem se comportado muito em linha com todos nossos estudos. Buscamos acompanhar a bolsa nas altas e proteger capital nas maiores realizações. A partir do mês que vem poderemos divulgar nossos resultados”, afirmou em comunicado.
Utilizando a Copa do Mundo como exemplo, a SVN Gestão colocou o camisa 9 Encore, os laterais Norte e CL4 e o meio-campo com o Tarpon como principais destaques do mês.
O FoF (fundo de fundos) da SVN lidera em performance nos últimos seis meses. Dentro da indústria de Fundos de Ações, o SVN FoF Long Biased entregou sólidos resultados (7,65% no segundo semestre), enquanto nomes famosos no mercado entregaram retornos negativos, assim como principal benchmark do setor, o índice Ibovespa.
Brasil parece viver filme, diz SVN Gestão
Na carta mensal, a SVN utiliza a série de filmes “De Volta para o Futuro” para exemplificar o atual momento do Brasil. “Agora precisamos entender se o novo governo eleito irá voltar até 2003 (primeiro governo Lula) ou 2015 (pior momento do governo do Partido dos Trabalhadores). Essa tem sido a pergunta dos gestores locais e estrangeiros para a tomada de decisões com relação aos investimentos”, diz.
O mês de outubro, segundo a carta, não foi ruim para os ativos de risco de uma forma geral e o Brasil seguiu esse momento positivo mesmo com as eleições. “Tivemos o S&P com valorização de 7,99% e o Ibovespa com +5,45%”.
O volume estrangeiro verificado no mês foi mais de R$ 10 bilhões no mês, sendo que aproximadamente R$ 3 bilhões foi na segunda-feira pós-eleições com vitória para o ex-presidente Lula. No entanto, a SVN salienta que a indecisão quanto ao nome do ministro da Fazenda e o questionamento sobre a política fiscal do governo são pontos a serem observados.
“Desta forma, temos percebido um fluxo positivo para Brasil e os ativos de risco tem performado melhor mesmo após as eleições, com exceção das estatais Petrobras e Banco do Brasil que realizaram recentemente com o receio de maior intervenção por parte do novo governo”, explicou a SVN.
No cenário internacional, a carta destaca a decisão do FOMC que, mais uma vez, como esperado, subiu os juros em 75 pontos. Além disso, também cita a temporada de balanços das empresas que, apesar de trazer resultados ruins, tem vindo melhor que o esperado e dado o posicionamento técnico já bem negativo dos agentes de mercado.
Na China, o ponto positivo foi finalmente ter reconduzido mais um mandato ao atual presidente, como esperado, e aumentou ainda mais os poderes do Xi para o próximo mandato.
Movimentações Carteiras Administradas e Fundos Exclusivos
Dentro das carteiras a exposição em títulos públicos e privados indexados à inflação com juros reais ainda bem atrativos acima
de 5.5% foram mantidas, assim como os papéis pós-fixados em CDI+ e %CDI de bancos com bom prêmio e excelente risco.
Também foram mantidas algumas posições pequenas em títulos pré-fixados acreditando que o ciclo de alta de juros já se encerrou, mas não temos adicionado essa classe de ativo por conta do risco fiscal e entendimento de pouco prêmio.
Outras movimentações feitas nas carteiras e nos fundos foram:
– Mantemos exposição em liquidez para novas oportunidades de mercado e em títulos referenciados CDI e com liquidez diária.
– Mantemos investimento internacional via BDRs da carteira recomendada para exposição ao USD.
– Fizemos pequena alocação em CRA de JBS USD+4,71%aa isento como Hedge e exposição a USD adicional.
– Dentro da carteira de ações mantemos ainda boa exposição à commodities e empresas defensivas que geram caixa e tem poder de repasse de preços (pricing power) e adicionamos um pouco de outras empresas que se beneficiam da melhora local com valuation atrativo. Reduzimos bastante Petrobrás e Banco do Brasil por conta da eleição, mas mantemos exposição ao petróleo via outras empresas privadas.
– Mantemos pequena exposição ao ouro como ativo real que protege em momentos de crise geopolítica e inflação alta.