A Braskem (BRKM5) divulgou, nesta segunda-feira (7), um novo capítulo relacionado à sua composição acionária. A Novonor — antiga Odebrecht e controladora da companhia com mais de 50% das ações — confirmou avanço nas tratativas para a venda de sua participação por meio da holnding NSP Investimentos ao fundo Petroquímica Verde.
Como parte do processo, NSP e Petroquímica Verde submeteram ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) uma comunicação prévia, indicando a intenção de concretizar uma possível operação. A medida antecipa a avaliação do órgão antes da formalização de um acordo definitivo.
Apesar de ainda não haver um contrato firmado, a iniciativa representa mais um passo nas movimentações que buscam reorganizar o bloco de controle da Braskem.
O fundo Petroquímica Verde é ligado ao empresário Nelson Tanure. Caso o negócio se confirme, ele passará a deter 50,1% das ações com direito a voto da companhia.
A Novonor busca um comprador para sua participação na Braskem há bastante tempo. A negociação já havia sido sinalizada em maio, mas segue condicionada ao cumprimento de etapas obrigatórias, incluindo a aprovação do Cade e a resolução de questões contratuais com a Petrobras, acionista relevante na empresa.
Além disso, há impasses com bancos credores da Novonor, que possuem ações da Braskem como garantia de dívidas estimadas em cerca de R$ 15 bilhões.
BTG mantém cautela com Braskem (BRKM5) e reduz preço-alvo
O BTG Pactual (BPAC11) manteve sua recomendação neutra para a Braskem (BRKM5), mas reduziu o preço-alvo da ação de R$ 14 para R$ 13. O novo valor representa um potencial de valorização de cerca de 23% em relação ao fechamento da última segunda-feira (2).
No pregão desta terça-feira (3), as ações da Braskem caíram 1,23%, sendo cotadas a R$ 10,40. No acumulado do ano, a companhia já recua mais de 10%.
Apesar da expectativa de geração de caixa positiva para 2025, os analistas do BTG alertam para um cenário “ainda adverso”.