O investidor e empresário Nelson Tanure está prestes a assumir o controle da rede de supermercados Dia. Após um período de renegociação de débitos e reestruturação da cadeia de operações, Tanure busca consolidar um grupo nacional mais robusto no varejo alimentar, conforme informações exclusivas do Valor Econômico.
“A intenção é criar uma ‘corporation’ de varejo alimentar”, revelou uma fonte próxima ao assunto.
Um dos passos avaliados é a possível fusão do Dia com o GPA (PCAR3), proprietário da rede Pão de Açúcar. O Banco Master, parceiro de Tanure em outros negócios, está assessorando a estruturação de um modelo viável para essa integração.
Apesar do interesse, não há negociações concretas em andamento entre Tanure e o GPA, uma vez que a prioridade é concluir a recuperação judicial da rede Dia, prevista para 2025. No entanto, fontes indicam que já existem estudos preliminares sobre como a fusão poderia ser estruturada no futuro.
Tanure não quer assumir Enel em São Paulo, diz “Veja”
Nelson Tanure, controlador da Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, não quer assumir a concessão da Enel em São Paulo, afirmou o Radar Econômico da “Veja”.
Segundo a revista, Tanure chegou a cogitar a possibilidade, mas não quis assumir devido à complexidade da operação, que só daria certo se a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acabasse com o contrato com a Enel em São Paulo, que vai até 2028.
Enel SP lucra R$ 330 mi no 3TRI24, alta de 58,6%; despesas cresceram
A Enel reportou um lucro líquido de R$ 330 milhões no terceiro trimestre de 2024 referentes aos 24 municípios que atende em São Paulo. O resultado representa um crescimento de 58,6% em relação ao mesmo período de 2023.
As receitas da companhia também avançaram (12,7%), atingindo o montante de R$ 5,411 bilhões. O Ebtida (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) também cresceu 13,3%, atingindo os R$ 1,046 bilhão.
O Capex (despesas de capital, em tradução livre), que são os investimentos em aquisição, atualização e manutenção de ativos físicos de longo prazo, cresceu 54,4% nos últimos, para R$ 574 milhões. Apesar disso, a resposta da Enel ao apagão em São Paulo foi considerado “insuficiente”, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).