Dias após assumir o controle da Alliar, o empresário Nelson Tanure está em conversa com acionistas do bloco de controle da rede de medicina diagnóstica em uma tentativa mantê-los com alguma participação na companhia.
As chances de conseguir esse feito evitar o acionamento do tag along “são baixas”, segundo uma fonte próxima ao grupo ouvida pelo Scoop. O tag along é um mecanismo em que há a extensão aos acionistas minoritários de uma proposta de aquisição maior do que 50% feita aos controladores.
Ou seja, se parte do bloco de controle aceitar a oferta feita por Tanure, de R$20,50 por ação, o empresário, que atualmente detém 29% da Alliar, teria a chance de ultrapassar a marca de 50% do capital social imposta pelo Novo Mercado para acionar o mecanismo de extensão.
Se esse for o caso, Tanure será forçado a realizar uma oferta pela companhia inteira, estendendo aos minoritários o mesmo valor de R$20,50 por ação. Para isso, ele teria que desembolsar R$2,4 bilhões por 100% da companhia.
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“Não são todos os acionistas do bloco de controle que vão entregar, mas a participação de Tanure na companhia vai ser maior do que 50%”, disse uma das fontes, que afirmou a tentativa do empresário para convencer os acionistas controladores a não venderem totalmente suas participações.
Já sobre o bloco dos controladores, outra fonte disse que “é uma possibilidade improvável” Tanure conseguir evitar o acionamento da tag along. Os acionistas desse grupo, que possui 52,8% da empresa, provavelmente irão se reunir nesta quarta-feira (24) amanhã para discutir os detalhes da proposta do empresário.
Em nota, o bloco de controle da Alliar informou que não há nenhuma decisão tomada quanto à oferta feita por Tanure e que comentários nesse sentido “não passam de mera especulação”. Por volta das 15h31, as ações da Alliar subiam 1,11%, a R$17,29, acumulando alta de 55,58% no ano.
