TC acusa Felipe Miranda, da Empiricus, de fazer "maior caso de manipulação" do mercado

TC, conhecido como TradersClub, já havia notificado Empiricus, conforme antecipou o BP Money

Após notificar a Empiricus na Justiça, conforme revelou o BP Money no início deste mês, o CEO do TC (TRAD3), Pedro Albuquerque, acusou Felipe Miranda, acionista da casa de research, de realizar o “maior caso de manipulação do mercado financeiro”, durante coletiva realizada nesta terça-feira (26).

Segundo o CEO, o TC passou por uma campanha de desinformação, liderada por Miranda, para que as ações da companhia se desvalorizassem. De acordo com Albuquerque, os fundos ligados à Empiricus estavam vendidos nos papéis (ou seja, esperando os papéis caírem para que pudessem lucrar).

“Isso não é uma briga de empresas. Estou fazendo isso para interromper uma acusação gravíssima, o que talvez seja o maior caso de manipulação do mercado de capitais do Brasil”, disse Albuquerque.

“Começamos a receber de ex-funcionários, funcionários e até sócios do TC mensagem de que o Felipe Miranda, principal sócio da Empiricus, os abordou para mencionar justamente as acusações do vídeo. Não parando por aí, abordou investidores instituicionais que eram acionistas do TC para provocar um pânico e fazer com que nossas ações caíssem”, afirmou. 

Segundo o CEO do TC, os documentos serão enviados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, segundo ele, deve ser investigado pelas autoridades competentes. “Caso seja comprovado, configura em um escândalo sem paralelo e uma brutalidade contra uma empresa”, disse.

BP Money antecipou acusações do TC sobre Miranda

As falas de Albuquerque corroboram o que o BP Money apurou no início de julho. De acordo com o documento judicial protocolado pelo TC, o vídeo, que teria sido produzido pela Empiricus, faz parte de uma campanha da casa de análises para atingir o TC -dado que ambas são concorrentes.

Enquanto que os relatórios produzidos teriam sido destinados a um público consumidor da plataforma, o vídeo que circulou teria a intenção de atrair pessoas leigas no assunto contra o TC. Não há, no entanto, provas da autoria no documento. 

“No jocoso vídeo a intenção foi direcionada para públicos diversos, abarcando inclusive pessoas leigas no assunto, pois, utiliza linguajar acessível e repleto de expressões de impacto”, informa a notificação. O TC confirmou que adotou medidas áreas cível e criminal em resposta ao vídeo que circulou na última semanas. Confira a nota na íntegra ao fim da reportagem.

Ainda segundo a notificação judicial, funcionário da Empiricus criaram “um grupo no aplicativo de mensagens “Whastsapp”, no qual foram adicionados como participantes do grupo, diversos investidores/clientes” da empresa.

Após a criação, segundo o documento judicial, “um número telefônico desconhecido, e até então não rastreado, publicou determinado vídeo, com duração de quase 05 (cinco) minutos, de conteúdo provocatório e jocoso, no qual uma atriz caracterizada de palhaço, profere inúmeras acusações ardilosas e forja desconexos devaneios, que atingem direta e expressivamente a integridade da Interpelante”, informa o documento do TC, antecipado pelo BP Money.