Terceiro homem mais rico perde US$ 110 bi e afeta Wall Street

O indiano Gautam Adani, fundador do Adani Group, foi acusado de fraudes corporativas. Com a polêmica, grandes tubarões dos EUA, que investem na Adani Entreprises, foram afetados

O terceiro homem mais rico do mundo, o indiano Gautam Adani, perdeu US$ 59,2 bilhões de sua fortuna após um relatório da consultoria Hindenburg Reserach acusar o bilionário da “maior fraude corporativa da história”, segundo informações do site NeoFeed. Com a polêmica, grandes tubarões da Wall Street, que investem na Adani Entreprises, empresa parte do conglomerado multinacional fundada pelo indiano, o Adani Group, foram afetados.

Segundo o veículo de notícias, o caso precipitou uma queda de US$ 110 bilhões no valuation somado das companhias do grupo até o momento, sendo a mais afetada a Adani Entreprises, principal empresa do grupo. A companhia sofreu a maior perda entre todos os ativos listados, com o seu valor de mercado recuando mais de 60%, o que equivale a US$ 30 bilhões.

Um levantamento publicado pela rede americana CNBC com a lista dos 20 principais acionistas da operação inclui dois dos maiores nomes de Wall Street. A Vanguard detém 0,75% das ações da Adani Entreprises e a BlackRock, com uma fatia de 0,57%, por meio da Black Rock Fund Advisors, e 0,17% através da BlackRock Advisors (UK).

Já a maior acionista da empresa é a Elara Capital, com 1,7%. Desde então, a gestora se desfez de 72% das ações que possuía na empresa. Até então, ela possuía, em seu quadro de diretores, Jo Johnson, irmão do ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Contudo, ele se demitiu na última quarta-feira (1º).

Fraudes corporativas e impacto na Wall Street

O relatório foi divulgado no dia 24 de janeiro e diz que, entre as práticas ilegais, Gautam Adani praticou lavagem de dinheiro. Após a acusação, de acordo com a Bloomberg Billionaires Index, ele caiu para a 21ª posição na lista de pessoas mais ricas, acumulando agora um patrimônio de US$ 61,3 bilhões.

No documento, a Hindenburg Reserach também acusou os fundos da gestora, baseados nas Ilhas Maurício, de integrarem um plano para manipular os preços das ações das empresas do Adani Group. O conglomerado é conhecido por ter uma série de operações distribuídas, em particular, no setor de infraestrutura da Índia.