A Tesla (TSLA34) está dando o que falar nas últimas semanas, desde que Elon Musk anunciou um corte de 10% em seu quadro de funcionários nos próximos três meses. Ex-funcionários da montadora de carros elétricos foram ao LinkedIn para relatar demissões após terem sido contratados recentemente.
Um funcionário que estava na Tesla há apenas duas semanas relatou que sua demissão foi como um “soco no estômago”. Os cortes anunciados por Musk vêm ocorrendo nas unidades norte-americanas da Tesla e devem se estender até setembro, impulsionados pela provável recessão econômica causada pela elevação da taxa básica de juros no país.
Segundo o bilionário, a expectativa é que o número de trabalhadores pagos por hora supere os com salários fixos em suas companhias. No entanto, alguns funcionários horistas também foram demitidos nesta onda de cortes, em contradição com o memorando da empresa.
Tesla é processada por ex-funcionários
Nesta semana, ex-funcionários da companhia moveram um processo contra a Tesla após 500 pessoas serem demitidas sem nenhum aviso prévio. O caso parte de dois ex-funcionários, que sustentam a acusação com base em uma lei trabalhista dos EUA.
De acordo com o jornal “The Verge”, a Lei Federal de Notificação de Ajuste e Reciclagem do Trabalhador, conhecida pela sigla WARN, trata de casos de demissões em massa e estabelece que empregadores precisam notificar os trabalhadores com ao menos 60 dias de antecedência.
Em entrevista ao “Bloomberg News”, Musk minimizou a importância do processo movido pelos ex-funcionários, chamando-o de “trivial”.
Musk diz que fábricas da Tesla estão “perdendo bilhões de dólares”
Em entrevista aos proprietários da Tesla no Vale do Silício, divulgada na quarta-feira (22), Musk afirmou que as novas fábricas montadoras localizadas em Berlim, na Alemanha, e no Texas, nos EUA, estão “perdendo bilhões de dólares”. O motivo está relacionado com a escassez de baterias e problemas na cadeia produtiva causados pela suspensão das atividades na China, como forma de combater a covid-19 no país.
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“As fábricas de Berlim e Austin são gigantescas fornalhas de dinheiro agora”, disse o empresário. No Texas, um número menor de carros está sendo produzido devido à falta de baterias, que estão presas na China. “Tudo isso vai ser consertado muito rápido, mas requer muita atenção”, afirmou o CEO da Tesla.