A TIM deve desativar cerca de 60% das torres recebidas da Oi Móvel. Apenas 2,8 mil torres serão reaproveitadas. 7,2 mil deverão ser descomissionadas até 2030.
A companhia telefônica pretende desativar as torres em um ritmo acelerado, chegando a 2,8 mil torres descomissionadas já em 2024. Apesar do possível lucro para a TIM, a curto prazo isso pode significar desembolsos maiores por conta das penalidades por rescisão antecipada de contratos de torres.
A TIM pretende reduzir os custos que seriam necessários para contratar essas torres e de leasing futuro. Além disso, a empresa também vai ofertar 50% das estações radiobase (ERBs) adquiridas da Oi, cerca de 3,5 mil. Se os interessados não aparecerem em 6 a 8 meses, essas estações também podem ser desativadas.
TIM comprou parte da OI Móvel em parceria com Telefônica e Claro
A TIM comprou uma parcela da Oi Móvel em uma negociação conjunta com a Telefônica e a Claro em janeiro de 2021. Contudo, a venda só foi concretizada na última quarta-feira (20) após diversos entraves regulatórios.
A participação da companhia no mercado nacional chegou a 27% após o negócio ser fechado. “A aquisição é um divisor de águas para a TIM. O espectro e rede adquiridos reduzirão as necessidades futuras de Capex (despesas de capital) e aumentarão a geração de fluxo de caixa”, afirmou a empresa em nota.
A compra foi fechada por R$ 15,2 milhões. A TIM responde por R$ 6,98 bilhões, a Telefônica por R$ 5,7 bilhões e a Claro por R$ 3,57 bilhões.
A empresa acredita que pode criar de R$ 16 a R$ 19 bilhões de valor global com a aquisição da Oi Móvel. De acordo com a TIM, as estimativas levam em conta as sinergias comerciais e de infraestrutura. 45% das sinergias devem ser capturadas até 2030.