Na reunião do conselho de administração da Tok&Stok realizada nesta quarta-feira (17), os acionistas optaram pela destituição da atual presidente da empresa, Ghislaine Dubrule, membro da família fundadora e sócia minoritária da rede. As informações pertencem à apuração do Valor Econômico.
Em junho de 2023, Dubrule reassumiu o cargo executivo com o objetivo de revitalizar os resultados da rede, porém, não foi possível observar melhorias significativas nos números desde então.
Diante desse cenário, a gestora Carlyle, detentora de 60% da empresa, optou por implementar um plano de reestruturação na liderança da varejista.
Não há consenso entre os acionistas, visto que a família Dubrule detém os outros 40% do capital da empresa.
Guilherme Santa Clara, especializado em reestruturação e otimização de custos, é o nome cotado para assumir o cargo, segundo fontes.
A decisão foi complexa, já que Ghislaine Dubrule defendia sua permanência, argumentando por melhorias a longo prazo.
Nos últimos meses, ela advogava pela manutenção das lojas deficitárias para recuperar os resultados, uma abordagem contrastante com a busca imediata de eficiência e retorno pelo fundo majoritário.
Tensões e estratégias na administração da Tok&Stok
A empresária da Tok&Stok, segundo fontes, tinha reservas quanto a estratégias agressivas de precificação e promoções, argumentando que isso poderia prejudicar a marca. Com um ambiente interno desafiador e resultados fracos, sua saída foi vista como inevitável.
O Carlyle, sócio da rede há 12 anos, além de ter adquirido o negócio por R$ 700 milhões, recentemente injetou mais R$ 100 milhões sem uma clara perspectiva de desinvestimento, o que aumenta a pressão por soluções imediatas entre os sócios.
Até o momento da publicação desta nota, a empresa não havia respondido aos pedidos de comentário.