Ante R$ 20 bi em 2023

Transações do setor de energia devem alcançar R$ 30 bi em 2024

Valor das compras e vendas de empresas do setor pode chegar a R$ 40 bilhões em um horizonte de 18 meses, projetam instituições financeiras

Setor de energia
Setor de energia / Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A estimativa de instituições financeiras em relação a operações de compra e venda de empresas (M&A, em inglês) do setor de energia é de, ao menos, R$ 30 bilhões em 2024. Valor pode chegar a R$ 40 bilhões em um horizonte de 18 meses.

Se concretizada a expectativa, o volume financeiro representará um avanço consideravel em relação ao ano de 2023, quando as operações do setor movimentaram R$ 20 bilhões.

O cenário de redução da inflação e o arrefecimento do juros para este ano cooperam para a intensificação das compras e vendas do setor de energia.

Além disso, fontes do mercado indicam que a privatização das gigantes Copel (CPLE3) e da Eletrobras (ELET3) – que colocou no cenário de M&A mais duas empresas – é outro impulso.

Das operações que já estão na mesa, há a da Eletrobras (ELET3), com um processo que já entrou na segunda fase e gira em torno de R$ 8 bilhões.

Outro relevante é o da AES Brasil, que decidiu sair do país. Uma das interessadas é a Auren (AURE3), que tem 5% da AES – a empresa chegou a fazer proposta vinculante, mas não agradou a AES Corp.

A portuguesa EDP também tenta vender sua hidrelétricas no Amapá e reengajou, no início do ano, o Bradesco BBI no processo.

Empresas do setor de energias renováveis lideram pedidos na Sudene para obter crédito do FNDE

A demanda por acesso a recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste cresceu em 2023. A Sudene registrou 78 pedidos de financiamento para a linha de crédito administrada exclusivamente pela autarquia.

A alta foi de 5% em relação ao exercício anterior. Os dados são da Coordenação-geral de Fundos de Desenvolvimento da Autarquia.

No total, as solicitações somaram R$ 7,5 bilhões. Quase a totalidade das empresas que buscaram a Sudene para obtenção de crédito atuam na área de geração de energia solar e eólica. Apenas um empreendimento foi do setor hoteleiro.

Vale destacar que dos 78 pedidos de financiamento, 45 tiveram as consultas prévias aprovadas pela Diretoria Colegiada da Sudene. Estas somam R$ 4,8 bilhões em créditos.

Considerando a localização das demandantes, 20 desejam instalar projetos no estado do Piauí. Seguem na ordem Bahia (17), Ceará (12), Rio Grande do Norte (12), Minas Gerais (7), Pernambuco (5), Paraíba (3) e Maranhão (2).

“As solicitações de crédito ultrapassaram o volume de crédito do FDNE para 2023, que foi de R$ 1,3 bilhão. Isso mostra que a Sudene é uma alternativa confiável e estratégica para obtenção de crédito pelos empreendimentos. Este cenário, inclusive, já foi apresentado como justificativa para balizar o recente pedido de capitalização deste fundo regional. Temos uma demanda represada que precisamos atender”, comentou o superintendente Danilo Cabral.