A venda de quatro imóveis corporativos da São Carlos (SCAR3), empresa controlada pelo trio de acionistas da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, embolsou R$ 865 milhões nos edifícios localizados em São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com fato relevante publicado pela própria São Carlos, foram vendidos, os edifícios Centro Empresarial Botafogo, no Rio de Janeiro; Morumbi Office Tower, em São Paulo; Corporate Plaza, em São Paulo e Al. Santos, também na capital paulista. Sendo assim, ao todo o portfólio possui 58.875 m² de área bruta locável.
Desse modo, liquidação financeira da transação se dará da seguinte forma: 42,5% na primeira parcela na assinatura da escritura de compra e venda; 9,0% na segunda parcela em até 12 meses, contados da escritura, corrigido pelo IPCA; e 48,5% na parcela final em até 24 meses, a partir da Escritura, também corrigido pelo IPCA.
A transação implica um retorno de 7,4% sobre o capital, considerando a receita proveniente dos contratos de locação vigentes. Após a conclusão da venda, a Taxa Interna de Retorno (TIR) real, após a dedução de impostos, para o portfólio será de 27,3% ao ano. O valor da transação é 14,6% abaixo do NAV (Net Asset Value).
“Ressalta-se que a efetivação da operação está sujeita à superação de condições precedentes usuais neste tipo de transação”, ressalta o documento publicado na terça-feira (19).
Americanas rebate acusações do Bradesco em nova manifestação
A Americanas (AMER3) protocolou na última segunda-feira (18) documentos de defesa do processo movido pelo Bradesco (BBDC4). No documento, a companhia afirma que os antigos diretores omitiram informações financeiras.
De acordo com a Americanas, um documento apresentado em novembro do ano passado, pela antiga Diretoria à apreciação do Comitê Financeiro, encobriu o volume real das dívidas existentes com os bancos.
Em relação ao Bradesco, a varejista diz que o endividamento informado nesta planilha era de R$ 989 milhões. Contudo, a dívida com o Bradesco, soma R$ 5 bilhões.
Nesse sentido, a varejista destaca que nos documentos enviados à Justiça há o detalhamento dos pontos que diferenciam o PAF (Programa de Antecipação de Fornecedores) das dívidas com o banco. A Americanas ainda argumenta que o mesmo não tem qualquer relação com o tema risco sacado, como o Bradesco alegou em petição judicial.
A varejista ainda alega que o programa não envolvia credores externos, no entanto, se tratava de uma iniciativa à parte, com caixa autônomo com “plena ciência dos órgãos superiores de governança quanto às auditorias externas”.
“Trata-se, portanto, de financiamento com caixa da companhia e, como tal, não representa dívida junto a bancos, como o Bradesco teve a intenção de qualificar.”