O bilionário e CEO do Twitter, Elon Musk, cumpriu com a promessa e retirou os selos azul de contas da rede social que não pagaram pela verificação, na quinta-feira (20). O selo era gratuito e distribuído para notáveis nas artes, esportes, imprensa e outras áreas.
Desde que comprou a plataforma, em outubro de 2022, Musk havia sinalizado a cobrança pelo selo. A medida foi anunciada primeiramente no dia 23 de março, com a promessa de remoção no dia 1º de abril, o que não aconteceu. Dez dias depois, o bilionário informou que a desativação do verificado gratuito ocorreria na quinta.
Para ter o selo azul, as pessoas aderir ao Twitter Blue, plano pago da rede social que custa R$ 42 ao mês. Donos de iPhone (iOS) e Android pagam R$ 60 mensais.
Além das contas que pagam o Twitter Blue, continuarão verificados, com selo cinza, os perfis de membros de governo e de organizações governamentais ou multilaterais, como é o caso do perfil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo.
Musk diz que pode vender Twitter caso encontre a pessoa certa
O bilionário Elon Musk voltou a gerar polêmica com suas declarações. Dessa vez, em entrevista para a BBC na terça-feira (11), o segundo homem mais rico do mundo admitiu que pode vender a rede social Twitter, adquirida por ele em novembro de 2022 por cerca de US$ 44 bilhões.
Musk disse que poderia vender a companhia caso encontre alguém “tão engajado pela liberdade de expressão quanto ele”. Essa não foi a primeira vez que Musk mencionou sair do comando da empresa, já que apenas dois meses após a aquisição do Twitter, o bilionário afirmou que deixaria o cargo de CEO após fazer uma enquete sobre o assunto.
Segundo o CEO, chefiar a rede social é algo “muito doloroso”. Além disso, Musk afirmou que “o nível de dor tem sido extremamente alto, não tem sido nenhum tipo de festa”. Ele mencionou que nos últimos meses a situação tem sido “realmente estressante”, ao ponto de ter de dormir frequentemente no escritório.
Apesar das dificuldades que alega estar enfrentando, Musk afirmou que comprar a rede social foi a decisão certa. Na conversa, ele explicou que só concluiu a compra porque sabia que o resultado da disputa na Justiça com o antigo conselho do Twitter poderia resultar em uma compra forçada. No processo de negociação durante o ano passado, o bilionário fez e removeu a oferta, forçando o comando do Twitter a processá-lo para que cumprisse a proposta.
Durante a entrevista, Musk falou também sobre a crise vivida dentro do Twitter, e explicou que a empresa agora está “quase no break even (ponto de equilíbrio entre despesas e receitas)”, conforma a maioria de seus anunciantes retorna. Ele afirmou que se não reduzisse o quadro de funcionários de 8 mil para 1,5 mil pessoas, o Twitter fecharia as portas em quatro meses. “Não foi divertido”, disse ele, que admitiu que não desligou pessoalmente todos os funcionários devido ao grande volume de pessoas.