O Twitter (TWTR34) entrou com uma ação judicial contra o bilionário Elon Musk na corte de Delaware (EUA) nesta terça-feira (12). A rede social quer que o magnata sul-africano cumpra com as obrigações legais diante da desistência da compra da plataforma por US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação. Um dos termos do contrato prevê uma multa contratual de US$ 1 bilhão pela desistência.
“O Twitter entrou com uma ação legal na Corte de Delaware para que Elon Musk se responsabilize por suas obrigações legais”, escreveu o presidente do conselho da empresa, Bret Taylor.
Na sexta-feira (08), o CEO da Tesla (TSLA34) afirmou que encerrou seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter, citando a violação material de várias disposições do contrato, segundo a agência de notícias “Reuters”.
Desde 25 de abril, quando Musk anunciou o acordo de compra do Twitter, o fechamento do negócio se tornou um problema.
Em 13 de maio, o bilionário sul-africano afirmou que o acordo para compra da plataforma digital estava “temporariamente suspenso”. De acordo com Elon Musk, ainda não havia um consenso sobre contas falsas circulando na plataforma. A estimativa realizada pelo Twitter no início de maio indicava que menos de 5% dos usuários ativos e monetizáveis da plataforma possuíam contas falsas.
Oito dias depois, Musk anunciou a elaboração de um plano inicial para combater as contas falsas da plataforma, montando uma equipe para avaliar o número de contas falsas na rede social, a partir da análise de 100 perfis aleatórios fornecidos pelo algoritmo da plataforma.
De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC), emitido no dia 25 de maio, o magnata sul-africano buscou aumentar sua participação financeira particular em sua oferta de aquisição da rede para US$ 33,5 bilhões.
O plano revisado apresenta mais US$ 6,25 bilhões de capital próprio para a compra em relação à oferta original.
Sem sacramentar o negócio, em 26 de maio, os acionistas da rede social decidiram processar Musk e o próprio Twitter. Os investidores alegaram que, com o impasse do acordo, as ações TWTR34 começaram a derreter.
Com a desistência de Elon Musk, o Twitter contratou o escritório de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) chamado Wachtell, Lipton, Rosen & Katz para processar o magnata. As informações foram publicadas pela “Bloomberg” na noite do último domingo (10).