UBS: veterano do Morgan Stanley chega para ajudar na fusão com credit

Wipf ingressou no Morgan Stanley pela primeira vez em 1986, depois de liderar o empréstimo de títulos no Citi

Tom Wipf, vice-presidente do Morgan Stanley, deixará o cargo após quase quatro décadas para se juntar ao UBS. Ele desempenhará um papel importante na integração das operações do Credit Suisse nas Américas, após a aquisição de emergência do banco suíço pelo UBS.

A confirmação da mudança foi feita por Wipf em uma entrevista na terça-feira (27), embora ele tenha se recusado a fornecer mais detalhes. O Morgan Stanley não comentou o assunto. As informações são do Bloomberg.

Wipf, um veterano do setor, iniciou sua carreira no Morgan Stanley em 1986, após liderar a área de empréstimo de títulos no Citi, de acordo com as informações disponíveis em seu perfil no LinkedIn.

Mais recentemente, Tom Wipf ganhou destaque ao liderar Wall Street em um dos maiores desafios da última década: a substituição da Libor. Após a diminuição da liquidez subjacente e um escândalo de manipulação, os reguladores iniciaram uma revisão dessa taxa de referência.

Em 2019, Wipf assumiu a presidência do Comitê de Taxas de Referência Alternativas (ARRC), um órgão orientador de transição apoiado pelo Fed (Federal Reserve). Naquela época, a Libor ainda sustentava trilhões de dólares em ativos. No entanto, agora, pouco resta dela, pois a Libor será oficialmente encerrada em 30 de junho.

Wipf também está deixando o ARRC, e na semana passada, o comitê anunciou a nomeação de Peter Phelan como seu novo presidente, a partir de 1º de julho. Phelan é diretor administrativo do Institutional Client Group na América do Norte do Citigroup.

Enquanto isso, o UBS está enfrentando o desafio da complexa integração do Credit Suisse, seu antigo rival. Como parte desse processo, o UBS planeja reduzir mais da metade da força de trabalho do Credit Suisse.

UBS se prepara para demissão em massa

O UBS planeja cortar mais da metade dos 45 mil funcionários do Credit Suisse a partir do próximo mês, segundo informações do Bloomberg.

De acordo com a publicação, é esperado que banqueiros, operadores e equipe de apoio do banco de investimentos do Credit Suisse em Londres, Nova York e em algumas partes da Ásia sofram o impacto dos cortes, com quase todas as atividades em risco, disseram pessoas a par do assunto.

Os funcionários foram instruídos a esperar três rodadas de cortes este ano, com a primeira prevista para o final de julho e mais duas provisoriamente planejadas para setembro e outubro, acrescentaram as pessoas.

Três meses depois de o UBS ter concordado em comprar o Credit Suisse em um resgate negociado com o governo, a extensão total dos cortes de empregos está começando a ficar clara. O UBS, cuja força de trabalho combinada saltou para cerca de 120 mil pessoas quando o negócio foi fechado, disse que pretende economizar cerca de US$ 6 bilhões em custos de pessoal nos próximos anos.