A partir de novembro a União Europeia (UE) deverá exigir certificado de que os commodities importados são provenientes de terras que não foram desmatadas ilegalmente ou contribuíram para a degradação de solos de seus importadores.
A orientação elaborada pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, vai ser encaminhada ao Conselho Europeu, que reúne os líderes dos 27 países-membros, e ao Parlamento Europeu.
A proposta abrange commodities como carne bovina, soja, café, cacau, madeira e óleo de palma de origem brasileira. O projeto chamado de “desmatamento importado” tem como objetivo pressionar as regras governamentais sobre a preservação da região Amazônia, que vem sofrendo um desmatamento expressivo por atividades ilegais do setor do agro.
Caso não haja o comprimento da exigência, pode ocasionar em problemas para a entrada de alguns produtos no mercado europeu e prejudicar centenas de milhões de dólares ao setor agrícola.
Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio, a medida tende a ter pouco impacto uma vez que o desmatamento no Brasil está hoje muito mais ligado à grilagem do que à expansão do agro.
O texto deverá ser examinado quando a França estiver na presidência da UE, no primeiro semestre do ano que vem. Os franceses estão entre os que mais pressionam por mais regras ambientais no acordo comercial UE-Mercosul, por causa do desmatamento na Amazônia.