A Ultrapar (UGPA3) fechou a compra da NEOgás, pioneira no transporte de gás natural comprimido (GNC) no Brasil. A companhia desembolsou R$ 165 milhões por meio de sua subsidiária, a Ultragaz. A operação marca a entrada da Ultragaz no segmento de distribuição de gás natural comprimido, segundo comunicado divulgado ao mercado nesta semana.
“Esta transação reforça a estratégia da Ultragaz de ampliar a oferta de soluções energéticas para seus clientes industriais, utilizando de sua capilaridade, força comercial e marca Ultragaz”, escreveu a empresa.
O montante da aquisição leva em conta o valor total da empresa (enterprise value) de R$ 165 milhões, mas fica sujeito a ajustes usuais de capital de giro e dívida líquida. A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A empresa comprada pela Ultrapar, somente em 2021, distribuiu mais de 100 milhões de metros cúbicos, possui 6 bases de compressão nas regiões Sul e Sudeste e 149 semi-reboques para distribuição de GNC.
Nesta terça-feira (22), por volta das 14:00 (de Brasília), as ações da Ultrapar (UGPA3) avançavam 0,15%, cotadas a R$ 13,24.
Ultrapar (UGPA3) tem baixa de 77,9% no lucro do 3T22
No início de novembro, a Ultrapar (UGPA3) anunciou seu balanço do terceiro trimestre. A companhia reportou lucro líquido de R$ 82,6 milhões entre julho e setembro, queda de 77,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a empresa, o recuo do lucro é explicado pelo “efeito no 3T21 da reversão de IR sobre a correção SELIC de créditos tributários de R$ 196 milhões e por ajustes de fechamento dos desinvestimentos da Oxiteno e da Extrafarma no 3T22, atenuados pelo maior Ebitda das operações continuadas”.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 838,4 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 17,6% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Já a receita líquida da Ultrapar somou R$ 39,484 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 23,7% na comparação com igual etapa de 2021. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 328 milhões entre julho e setembro, uma elevação de 2% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.