Ultrapar (UGPA3) conclui venda da Extrafarma e recebe 1ª parcela da Pague Menos (PGMN3)

O valor da negociação entre Ultrapar e Pague Menos foi de R$ 737,7 milhões

A Ultrapar (UGPA3) concluiu, nesta segunda-feira (1º), a venda da Extrafarma para a Pague Menos (PGMN3), após um ano e quatro meses do anúncio do negócio. Com a conclusão da transação, a controladora da rede de postos Ipiranga já recebeu, inclusive, a primeira parcela do pagamento. 

O negócio entre Ultrapar e Pague Menos foi fechado, inicialmente, em R$ 700 milhões. Após ajustes de variações de capital de giro e a posição da dívida líquida da Extrafarma, o valor subiu para pouco mais de R$ 737,7 milhões.

Nos termos, a Pague Menos desembolsou R$ 365,4 milhões nesta segunda, enquanto outros R$ 6,9 milhões foram pagos pelos acionistas que exerceram direito de preferência. A Ultrapar ainda receberá outras duas parcelas de R$ 182,7 milhões, cada, nos meses de agosto de 2023 e 2024.

“Com a venda, a Ultrapar conclui o processo de racionalização de seu portfólio e passa a concentrar seus esforços em negócios mais complementares e sinérgicos”, destacou a Ultrapar em comunicado sobre a conclusão da transação. 

Venda da Extrafarma faz parte de programação da Ultrapar

A Ultrapar começou a realizar o programa de enxugamento de portfólio em maio do ano passado, após o anúncio da venda da Extrafarma para a Pague Menos. Conhecida por controlar a rede de postos Ipiranga, a companhia não teve o mesmo sucesso na investida no varejo de medicamentos.

Mesmo possuindo mais de 400 lojas espalhadas ao redor do país, a Extrafarma não tinha fortes impactos nos balanços da controladora. Para a Pague Menos, o negócio foi estratégico, como explicou Mário Queirós, presidente da companhia.

“A Extrafarma estava numa situação de virada e com um valor que não era o que ela merecia, e vamos atingir um mercado ainda maior com a aquisição”, disse Queirós, segundo o “Seu Dinheiro”. 

Até o final de 2022, a Pague Menos espera registrar um saldo de 100 novas lojas abertas, sem considerar o negócio da Extrafarma, de acordo com o CFO Luiz Renato Novais.

Órgão fez exigências para aprovar transação

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) definiu o negócio como complexo e que o mesmo deveria ser analisado com lupa. Por isso, a aprovação da compra foi feita com ressalvas. 

Antes de se tornar oficialmente o segundo maior grupo farmacêutico do país em número de lojas, com cerca de 1,5 mil estabelecimentos e atrás apenas da Raia Drogasil, a Pague Menos terá que atender a algumas demandas da entidade. 

A companhia precisará vender 2% do total de lojas adquirida no Nordeste em até seis meses. Serão oito unidades da Extrafarma. A exigência foi feita após o Conselho observar uma concentração excessiva gerada pelo negócio na região. 

De acordo com o Cade, serão vendidas cinco unidades no Ceará, duas no Maranhão e uma no Rio Grande do Norte, para que a negociação entre Ultrapar e Pague Menos seja, de fato, concluída. 

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