A Unimed está unindo duas companhias de tecnologia que compõem seu portfólio para criar a healthtech Nexdom. A empresa tem um sistema de cooperativas de saúde com mais de 20,5 mil beneficiários em todo o País.
Ainda no início de sua operação, a healthtech tem um faturamento de R$ 70 milhões e um valor de mercado estimado de R$ 250 milhões.
Unimed uniu a Zitrus e a Unio com outros quatro sistemas de gestão criados dentro de suas 350 unidades ao redor do País para criar a Nexdom. A empresa quer melhorar o processo de compartilhamento de dados entre a rede.
“Como o sistema médico precisa ter informação rápida e centralizada, era humanamente impossível tomar decisões com todas essas frentes atuando com um mesmo foco”, diz Daniel Torres, CEO da Nexdom, segundo o “NeoFeed”.
Conforme explicação do executivo, a empresa foi idealizada em um projeto da Unimed chamado Sinergia. Esse projeto identificou que há 29 sistemas de gestão diferentes em toda a rede.
Para a estruturação foram necessários 2 anos e R$ 15 milhões em investimento vindos da Unimed Participações para tirar a healthtech do papel. Para estruturar a nova empresa, que atuará como uma companhia de capital fechado, a Deloitte foi contratada.
A expectativa da Nexdom é atender cerca de 80% de todas as operadoras da Unimed no Brasil em três anos. Os planos da empresa, após esse período, são de ampliar a solução para outros players do mercado de saúde.
Assim, a companhia tem a projeção de dobrar o seu faturamento para R$ 140 milhões no próximo ano. Nesse contexto, o maior desafio, segundo o CEO, é fazer a convergência desses softwares existentes, ao mesmo tempo em que a companhia cria novas soluções, já que o mercado pede cada vez mais por tecnologia.
“O modelo atual de saúde suplementar quase colapsou nesses últimos anos e eu entendo que a tecnologia é a única saída para o mercado criar novos modelos e se reinventar”, afirmou Torres.
“Como resultado dessas inovações, eu vejo uma democratização da saúde, com opções e modelos de planos personalizados, mais baratos e abrangentes. A Nedxom faz parte dessa evolução”, prosseguiu o executivo da Unimed.
Em plena guerra tarifária, o futuro está na tecnologia e nos setores locais
A economia tem se tornado cada vez mais volátil e complexa em todo o mundo. Por isso, as políticas protecionistas, implementadas principalmente por questões como as tensões comerciais e as disputas geopolíticas, vêm gerando um efeito dominó, seja na sociedade em geral ou no próprio mercado global. Um dos exemplos mais claros disso é o aumento das tarifas de importação.
Apenas para citar um caso, o Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) aprovou em abril deste ano a elevação do imposto de mais de 10 tipos de produtos do aço. Dessa forma, itens como bobinas, chapas galvanizadas e fios de aço, que antes tinham alíquotas que variavam entre 9% a 12%, agora estão em 25%.
Esse e outros aumentos, em sua essência, representam um crescimento dos custos de produção, especialmente para empresas que dependem de insumos importados. Setores como o automotivo, o eletrônico e o de bens de consumo são alguns que se baseiam em cadeias de suprimentos gigantescas, então, enfrentam um desafio crítico ao lidar com o encarecimento dos gastos com materiais e componentes.
Isso sem entrar completamente no mérito do impacto nos consumidores. Obviamente, as companhias repassam esses custos para os preços finais dos produtos, contribuindo com a disparada da inflação e reduzindo o poder de compra da população.
Ou seja, é uma dinâmica que limita o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, cria um ciclo de estagnação.