A Unipar (UNIP6), que demonstrou interesse na Braskem quando a Novonor (antiga Odebrecht) retomou o processo de venda da petroquímica, continua buscando oportunidades de fusão e aquisição (M&A) e expansão de suas operações.
A empresa está avaliando potenciais alvos tanto em sua área de atuação principal, que inclui cloro, soda cáustica e resina de PVC, quanto em novos negócios nos setores químico e petroquímico.
“Seguimos atentos ao mercado, avaliando todas as oportunidades e alternativas para investimento ou aquisição de participações societárias. E estamos preparados para esse movimento, mantemos uma estrutura de capital saudável”, disse ao Valor o presidente, Rodrigo Cannaval.
No comando da Unipar (UNIP6) desde abril, o executivo Rodrigo Cannaval, que anteriormente liderou a diretoria industrial da empresa por quatro anos, sucedeu Mauricio Russomanno na nova posição.
De acordo com Cannaval, um dos cinco pilares da estratégia de crescimento da petroquímica, que completou 55 anos em maio, é justamente a busca de crescimento no negócio atual e em novas áreas da química básica e petroquímica.
O objetivo é avançar no plano de dobrar de tamanho em dez anos a partir de 2022 e diversificar os ganhos e riscos, expondo o balanço a produtos com ciclos e sazonalidades diferentes da cadeia de vinílicos.
Nessa direção, outros segmentos da química, como solventes ou outros produtos intermediários, poderiam ser explorados.
No entanto, entrar na próxima etapa da cadeia de valor, envolvendo a transformação do PVC, não está nos planos, pois isso significaria competir com os clientes atuais, conforme Cannaval ponderou.
“Seguimos atentos ao mercado e avaliando todas as oportunidades”, afirmou Rodrigo Cannaval.
A Unipar não renovou a proposta de compra de parte dos ativos da Braskem.
A empresa estava particularmente interessada nas operações em São Paulo, de onde é obtido o eteno usado na produção do PVC. Em Santo André, a Unipar pode produzir 300 mil toneladas anuais da resina.
A unidade, que foi incorporada com a compra da Solvay Indupa em 2016, consome diariamente 900 toneladas de sal do Rio Grande do Norte para a obtenção do PVC.