O avanço negativo no cenário macroeconômico brasileiro começou a refletir no setor de supermercados. Os dados divulgados pela Abras mostraram que o consumo nos supermercados recuou 1,13% em setembro, sendo a inflação como a maior vilã do setor, já que corrói a renda do consumidor e o impossibilita de comprar mais itens.
Em meio à pressão inflacionária, as empresas de supermercados, como Carrefour (CRFB3) e Pão de Açúcar (PCAR3), serão penalizadas no curto prazo. No entanto, de acordo com a Ativa Investimentos, ainda vale a pena investir nas ações.
A corretora recomenda comprar as ações do Carrefour, com preço-alvo de R$ 24,40, o que implica potencial de alta de 52,5% na comparação com o fechamento desta quinta-feira (18), de R$ 16.
Todo esse otimismo, mesmo com os problemas de inflação, é reflexo do Carrefour ter apresentado crescimento no segmento de atacarejo. Além disso, o “Cash and Carry” pode ganhar mais espaço no segmento do comércio direto entre a empresa que produz/vende a mercadoria e o consumidor.
“Por mais que no curto prazo as margens possam ser levemente afetadas por estratégias da companhia para expandir o top line (receita), não vemos esses detalhes como detratores para o case de Carrefour”, diz Pedro Serra, que assina o relatório.
Para a corretora, a ação do Pão de Açúcar está valendo menos do que ela deveria de valer. De acordo com a Ativa, isso acontece porque apenas sua participação no Éxito já supera seu valor de mercado atual.
“Acreditamos que a ausência de alguns diferenciais competitivos presentes nas demais companhias listadas do setor já está refletida nos múltiplos do GPA, nos fazendo enxergar uma boa oportunidade de entrada”, disse o analista.
Além disso, com a venda das lojas do Extra para o Assaí, o Pão de Açúcar poderá focar na remodelação de suas lojas. Pedro Serra recomenda comprar as ações da empresa com preço-alvo de R$ 39,20 (potencial de valorização de 74,2% sobre a cotação de hoje).
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