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Vale (VALE3) adquire 45% da Cemig (CMIG4) por R$ 2,7 bi

Com isso, a mineradora passará a deter 100% do capital da Aliança Energia

Vale (VALE3) adquire 45% da Cemig (CMIG4)
Vale (VALE3) adquire 45% da Cemig (CMIG4) (Foto: Divulgação)

A Vale (VALE3) firmou contrato para adquirir a totalidade da participação de 45% da Cemig (CMIG4) na Aliança Energia, empresa de capital fechado, por R$ 2,7 bilhões. Após a conclusão da transação, a mineradora passará a deter 100% do capital da Aliança Energia.

A concretização do negócio está sujeita à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas da Cemig GT e a condições usuais, incluindo a anuência de órgãos reguladores.

A Aliança Energia possui um portfólio de ativos de geração de energia elétrica, que inclui sete usinas hidrelétricas em Minas Gerais e três parques eólicos no Rio Grande do Norte e no Ceará. Esses ativos têm uma capacidade instalada de 1.438 Megawatts (MW) e uma garantia física de 755 MW médios.

Como acionista do empreendimento e tendo em vista que a Vale (VALE3) é o principal usuário da energia produzida pela Aliança Energia, a empresa decidiu exercer seu direito de preferência para aquisição.

“O volume de geração da Aliança Energia é estratégico na manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale no Brasil”, reforçou a mineradora.

Vale (VALE3): nova aquisição implica em abertura de dividendos e JCP

Com a recente aquisição da Vale (VALE3), a Cemig (CMIG4) informou que, do montante da transação, descontado pelo CDI, serão deduzidos os dividendos e JCP (juros sobre o capital próprio) distribuídos ou aprovados até o fechamento do negócio. 

Além disso, a Cemig GT terá direito a um valor suplementar, correspondente a 45% das futuras indenizações que a Aliança possa receber, relacionadas aos danos causados pelo desastre de Mariana na Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), estimado em R$ 223 milhões, também atualizado pelo CDI.

A Aliança é composta por sete usinas hidrelétricas em Minas Gerais, dois complexos eólicos operacionais no Rio Grande do Norte e um complexo eólico em fase final de construção no Ceará. Estes ativos em conjunto representam 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.