A Vale (VALE3) emitiu um comunicado, nesta quarta-feira (28), em que nega ter sido intimada pelo MPF (Ministério Público Federal) e o governo do Espírito Santo a bloquear R$ 10 bilhões.
O MPF teria formulado um pedido de bloqueio de valores à Vale, direcionado às acionistas da Samarco, visando a garantir recursos para a possível inclusão de determinados territórios no TTAC (Termo de Transação e Ajustamento de Conduta), de acordo com informações do “Valor”.
De acordo com a empresa, até o momento, não houve decisão judicial sobre os pedidos de revisão para uma possível inclusão de determinados territórios no TTAC no estado do Espírito Santo.
Esse termo foi firmado em março de 2016 entre a Samarco e autoridades federais e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com apoio dos acionistas da empresa, e levou à criação da Fundação Renova (Renova).
No entanto, na visão da fundação, os territórios não foram impactados, por isso contestaram a deliberação do Comitê Interfederativo (CIF), formulando pedido de revisão.
A mineradora afirma que o TTAC não estabelece obrigação solidária, mas sim obrigação subsidiária e limitada à participação da Vale no capital social da Samarco (50%).
Vale deve pagar 19% em dividendos
As ações da mineradora tiveram o preço-alvo estipulado em R$ 95 pelo J.P. Morgan. Ainda de acordo com a insituição monetária, mesmo com a queda do minério, a mineradora deve pagar dividendos robustos. A sociedade financeira norte-americana espera que o dividend yield (rendimento do dividendo) possa fechar o ano de 2022 em 19% e 16% no ano de 2023.
“Os investidores mostraram um aumento no interesse pela ação pela primeira vez em muito tempo”, afirmaram os analistas da instituição financeira, que citaram positivamente o programa de recompra de ações da Vale. Curiosamente, a casa cortou recentemente as projeções do minério de ferro.