Nesta semana, o mercado digere a notícia de bastidores sobre uma lista de nomes indicados para CEO da Vale (VALE3), que inclui 15 nomes, em sua maioria executivos de grandes empresas.
Na perspectiva de João Daronco, analista CNPI da Suno Research, essa lista de nomes para CEO da Vale (VALE3) traz certo alívio para o mercado, considerando que não há indicações que apontem para rumores de interferência política.
“Alivia a tensão do mercado sobre uma indicação política por parte do Governo. É um grande alívio para o mercado, e o que me causa tranquilidade é que são nomes técnicos. O nome mais ‘político’ é o do Pedro Parente, mas é um nome que agrada o mercado. Quando eu olho para o trabalho que ele fez na Petrobras (PETR4), de turnaround, é algo que me agrada”, comentou ele, de acordo com o “Suno”.
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Pedro Parente é visto como o nome “mais político” devido ao seu passado, já que foi ministro do Planejamento, de Minas e Energia e da Casa Civil durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Na análise de Daronco, sua eventual nomeação poderia gerar um possível desgaste com o governo atual, considerando que a Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), tem proximidade com o Planalto.
Além disso, Parente foi presidente da Petrobras (PETR4) entre maio de 2016 e junho de 2018, sendo considerado pelo mercado como o executivo que reestruturou a companhia e fortaleceu sua saúde financeira após a petroleira acumular dívidas e escândalos de corrupção.
Em relação aos demais nomes, o analista comentou que são também técnicos e executivos que podem agregar à Vale.
“Tem nomes ligados a processos, eficiência. A Vale é uma empresa em que [o management] não precisa tirar algo da cartola. É uma companhia gigante, muito mais um trem que já está andando sobre os trilhos e a função [do CEO] é mantê-la neles e continuar com a velocidade”, pontuou.
Vale (VALE3) faz acordo para desenvolver caminhões a diesel e etanol
A Vale (VALE3) firmou um acordo com a Komatsu para, em colaboração com a Cummins, desenvolver e testar caminhões fora de estrada que utilizem uma mistura de etanol e diesel nos próximos dois anos.
A iniciativa faz parte dos esforços da mineradora para atingir suas metas de redução de emissões nos próximos anos.
Com a transação, a Vale se tornará a primeira mineradora global a operar caminhões fora de estrada com etanol no tanque, conforme afirmaram executivos das empresas envolvidas.
