A Vale (VALE3) anunciou, nesta terça-feira (31), o depósito no valor de R$ 1,2 bilhão referente ao Acordo Judicial de Reparação Integral (ARJI), em compensação pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
Em fevereiro de 2021, foi firmado um acordo entre a Vale, o governo de Minas Gerais e as instituições de Justiça, que prevê que a companhia desembolse R$ 37,7 bilhões para compensar os danos coletivos causados pelo rompimento da barragem em 2019. O valor será transferido ao estado de Minas Gerais e investido em projetos para melhoria de mobilidade urbana e serviços públicos, como a pavimentação de estradas e reformas de hospitais.
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Dos R$ 37,7 bilhões que o Acordo Judicial estabelece a serem pagos, a Vale desembolsou R$ 18,5 bilhões até agora. Nesta terça-feira, a mineradora informou que o valor depositado corresponde ao pagamento das terceiras parcelas e foi destinado ao Programa de Mobilidade Urbana e ao Fortalecimento do Serviço Público de Minas Gerais.
“Também foi transferido integralmente o saldo dos R$ 4,4 bilhões para implantação do Programa de Transferência de Renda (PTR), solução definitiva para os pagamentos emergenciais aos atingidos, pagos entre abril de 2019 e outubro de 2021 pela Vale”, informou a companhia.
Rompimento da barragem em Brumadinho contabilzia 265 mortos
Neste mês, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou a ossada de mais uma vítima do rompimento do Córrego do Feijão, em Brumadinho. A ossada encontrada era do engenheiro de produção Luís Felipe Alves, que tinha 30 anos na época do acidente. Luís é a 265ª vítima encontrada e identificada desde o rompimento da barragem, em 25 de janeiro de 2019.
O rompimento da barragem em Brumadinho foi o maior acidente de trabalho do Brasil em perdas de vidas humanas e um dos maiores desastres ambientais da mineração do País. Atualmente, cinco pessoas ainda estão desaparecidas.
Mais de três anos após o rompimento da barragem, a Vale (VALE3) enfrenta um processo na SEC (Comissão Reguladora de Mercados dos EUA). De acordo com o órgão regulador, a companhia violou as leis de valores mobiliários ao fazer divulgações falsas sobre a segurança de suas barragens antes do rompimento em Brumadinho.