A Vale (VALE3) recebeu propostas vinculantes para vender cerca de 10% da divisão de metais básicos da companhia. As propostas serão analisadas pelo conselho de administração, afirma o jornal Valor Econômico. De acordo com fontes não identificadas citadas na reportagem, a fatia minoritária é estimada em US$ 2,5 bilhões.
O Morgan Stanley lembra que a Vale vem explorando potenciais parcerias para o negócio de níquel/cobre, sendo que uma das prioridades estratégicas da empresa é valorizar a divisão de metais básicos e atrair capital competitivo para impulsionar o crescimento do negócio.
Nesse sentido, o banco enxerga a venda com bons olhos. “Se confirmado, vemos como positivo que as ofertas vinculantes já estejam em vigor, pois indica que o processo está avançando”. Além disso, o Morgan também lembra que durante o Dia do Investidor em dezembro de 2022, a gestão da mineradora mencionou estar em negociações avançadas com diversos parceiros em potencial para vender até 10% da divisão de metais básicos.
A avaliação de US$ 2,5 bilhões para uma participação de 10%, mencionada pelo Valor, implica um múltiplo de 9 vezes o Ebitda projetado para 2024 do segmento de metais básicos da Vale. Essa avaliação é comparada ao múltiplo de 5,3 vezes da Vale, à média dos pares de níquel de 6,1 vezes e à média dos pares de cobre de 7,6 vezes.
Vale (VALE3) assina acordo para venda de participação em MRN
A Vale (VALE3) assinou um acordo vinculante com a empresa Ananke Alumina, afiliada da Norsk Hydro,para vender a participação da companhia mineradora na MRN (Mineração Rio do Norte), onde a Vale tem fatia de 40%. O contrato com a Anake inclui todas as obrigações e direitos associados.
O valor da transação não foi revelado. “Essa transação marca a conclusão do principal programa de desinvestimento da Vale, que envolveu a venda de mais de 10 ativos non-core em vários continentes desde 2019”, destacou a mineradora em um comunicado.
Segundo a empresa brasileira, foi possível eliminar despesas de até US$ 2 milhões por ano, além de simplificar e diminuir a exposição ao risco dos seus negócios.
Com isso, a Vale ressalta a estratégia para tornar o portfólio da mineradora mais “enxuto” e permitir que a empresa foque nos principais negócios e oportunidades de crescimento.