A teleconferência realizada pela Vale (VALE3) para comentar seus resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), serviu também para expor o otimismo quanto ao mercado chinês. A perspectiva vem desde o início de 2024, com a derrubada do preço do minério e, por consequência, as ações mineradoras.
Além disso, os executivos da Vale (VALE3), também explicaram sobre o caso Samarco. Suas provisões separadas, foram menores do que a da BHP, empresa que com quem mantém parceria na primeira joint venture, de acordo com o InfoMoney.
Para a China, os membros da mineradora disseram que o país asiático, mesmo sob as desconfianças, se mostrou resiliente no decorrer do ano passado. A Vale tratou também sobre questões com a retomada da indústria e os investimentos em infraestrutura, que devem ter alta demanda este ano.
Marcelo Spinelli, diretor de Soluções em Minério de Ferro disse que “vamos ver os efeitos dos estímulos por lá no segundo semestre. Em indicadores, estamos vendo sinais positivos, como no caso do uso dos altos fornos”.
Outras demandas externas da Vale (VALE3)
Os executivos falaram não apenas sobre os negócios na China, mas também que há também a previsão de demanda em 5% ao longo do ano. Os destaques são para o Japão, Europa e Indonésia.
Contudo, no quesito oferta, os membros vêem o mercado apertado, segundo o portal de notícias. Isso porque, as produções da Austrália e a índia, dois dos maiores do mundo em minério, estão estáveis, sem aumento de capacidade disponível. “O aumento da capacidade vem só da gente”, disse Spinelli.
Os finos de minérios estarão estáveis em 2024, com as pelotas tendendo a alta, disse a Vale. Já em relação à Samarco, uma das empresas relacionadas ao rompimento da barragem em Mariana (MG), em 201. A empresa disse que suas provisões não foram maiores, pois enxerga que a Samarco tem capacidade para ajudar a arcar com os custos.
Os números da Vale aumentaram em US$ 1,2 bilhão, enquanto a BHP, sua parceira, aumentou em US$ 3,2 bilhões. “Aquilo que foi adicionado, ela seguiu nossa melhor estimativa. Há ainda algumas questões de premissas e endividamentos”, contextualizou o CEO Gustavo Pimenta.
“Estamos trabalhando arduamente para chegar à conclusão. Estamos buscando um acordo e queremos que a resolução seja alcançada no primeiro semestre de 2024”, concluiu Pimenta.