Varejista passa a gerir estoque com inteligência artificial

A C&A e a Palantir Technologies anunciaram acordo para o gerenciamento de estoque e logística por meio de plataformas baseadas em inteligência artificial

A varejista C&A (CEAB3) e a empresa americana de softwares Palantir Technologies anunciaram nesta terça-feira (23) um acordo para o gerenciamento de estoque e logística por meio de plataformas baseadas em inteligência artificial.

O software que será utilizado, denominado Palantir Foundry, informa, por exemplo, quando é necessária a reposição de algum produto. “Entre os ganhos significativos, destaco o aumento das vendas de produtos que estavam em estoque e a redução de estoques desnecessários”, afirma o diretor de planejamento e inteligência de negócio da C&A, Bruno Ferreira. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

Nos últimos meses, a Palantir coletou dados sobre a C&A e os reuniu em sua plataforma de inteligência artificial. O sistema tem a capacidade de simular a cadeia logística completa da empresa e antecipar possíveis cenários e riscos, facilitando a tomada de decisões relacionadas à cadeia de suprimentos.

“Formamos um gêmeo digital da cadeia logística da empresa, dando às equipes de planejamento não apenas uma visão completa do processo de compras, mas também o poder de simular rapidamente novas regras e cenários e, assim, prevenir situações extremas”, explica Henrique Valer, head da Palantir na América Latina.

Uma das maiores redes varejistas do país, a C&A conta, atualmente, com 16 mil funcionários e colaboradores em 330 lojas espalhadas pelo país.

Varejista tem prejuízo de R$ 126,3 mi no lucro líquido de 1T23

A C&A divulgou o seu desempenho no primeiro trimestre de 2023, na noite de quinta-feira (11). A gigante do varejo de moda reportou queda de 17% com prejuízo de R$ 123,3 milhões contra R$ 152,7 milhões no mesmo período do ano passado. 

A varejista de moda informou que a receita do período chegou a R$ 79,2 milhões, alta de 19,5%  em relação ao mesmo período do ano passado. 

“A C&A teve um início de ano sólido, mesmo operando em um ambiente desafiador marcado por consumo fraco, poder de compra restrito e concorrência acirrada, principalmente de players de comércio eletrônico internacional. As vendas aumentaram 3,6% no primeiro trimestre, com vendas de vestuário crescendo 6,1%, compensando um fraco desempenho em Fashiontronics devido a gastos discricionários restritos”, disse a companhia no comunicado ao mercado. 

Ainda segundo a varejista, o aumento se dá em função da maturidade da carteira, ainda em formação. O resultado dos serviços financeiros foi negativo em R$ 23,4 milhões.

“Os esforços na gestão de custos e despesas também renderam frutos, com queda de 12,5% nas despesas operacionais. Isso resultou em um avanço significativo no Ebitda Ajustado, com margem crescendo 620 pontos-base para 6,2%”, destaca a companhia.