A C&A (CEAB3) emitiu um comunicado ao mercado nesta segunda-feira (19) informando a renúncia de Milton Lucato Filho ao cargo de diretor vice-presidente de Administração, Finanças e de Relações com Investidores.
Após a saída do executivo, o Conselho de Administração da Companhia, se reuniu e elegeu Laurence Beltrão Gomes para o cargo. Laurence possui extensa experiência na liderança de áreas financeiras, sendo membro da diretoria de empresas de capital aberto desde 2007. Ele exerceu o cargo de vice-presidente Financeiro e DRI na Lavoro Agro de 2021 a 2023; diretor administrativo Financeiro e RI da Lojas Renner de 2013 a 2020, onde também acumulou a função de diretor presidente da Realize CFI. Na WEG S.A., entre 2010 e 2013, exerceu a função de diretor financeiro e RI, e na SLC Agrícola ocupou o cargo de diretor financeiro e RI entre 2006 e 2010.
Laurence é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde concluiu mestrado em Administração, além de vários cursos de especialização no Brasil e exterior.
Milton liderou importantes transformações na C&A ao longo de 17 anos na companhia. Ele, conduziu o projeto de IPO em 2019 e o acesso ao mercado de dívida, além do constante aprimoramento dos processos que coordenava. De acordo com a companhia, Milton apoiará a transição das atividades atualmente sob sua responsabilidade durante os próximos dois meses, garantindo a continuidade dos projetos em andamento na C&A.
No pregão do Ibovespa desta segunda-feira (19), as ações da varejista fecharam com alta de 2,28%, cotadas a R$ 4,93.
C&A tem prejuízo de R$ 126,3 mi no lucro líquido de 1T23
A C&A divulgou o seu desempenho no primeiro trimestre de 2023, em maio. A gigante do varejo de moda reportou queda de de 17% com prejuízo de R$ 123,3 milhões contra R$ 152,7 milhões no mesmo período do ano passado.
A varejista de moda informou que a receita do período chegou a R$ 79,2 milhões, alta de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A C&A teve um início de ano sólido, mesmo operando em um ambiente desafiador marcado por consumo fraco, poder de compra restrito e concorrência acirrada, principalmente de players de comércio eletrônico internacional. As vendas aumentaram 3,6% no primeiro trimestre, com vendas de vestuário crescendo 6,1%, compensando um fraco desempenho em Fashiontronics devido a gastos discricionários restritos”, disse a companhia no comunicado ao mercado.
Ainda segundo a varejista, o aumento se dá em função da maturidade da carteira, ainda em formação. O resultado dos serviços financeiros foi negativo em R$ 23,4 milhões.
“Os esforços na gestão de custos e despesas também renderam frutos, com queda de 12,5% nas despesas operacionais. Isso resultou em um avanço significativo no Ebitda Ajustado, com margem crescendo 620 pontos-base para 6,2%”, destaca a companhia.