O fundo Verde Asset Management, gerido por Luis Stuhlberger, manteve as posições em ações brasileiras em julho, conforme relatório feito pela equipe do fundo. Além disso, o Verde aumentou as posições tomadas em juro nos EUA e reduziu as aplicações em bolsas globais.O relatório também apontou que o fundo continua comprado em ouro e petróleo, pois aposta na alta dos ativos.
O fundo de investimentos fechou o mês de julho com um ganho de 1,53%, acumulando 9,25% no ano, enquanto o CDI acumulou 1,03% no mês e 6,49% no ano.
O Verde também acredita que a diferença percentual entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os dois candidatos que lideram as pesquisas para presidente, venha a diminuir conforme a eleição se aproxime.
Stuhlberger, do Verde, vê aumento de tensão entre EUA e China como problema para o Brasil
Na semana passada, durante participação no painel “Como pensam os gigantes do mercado?”, na Expert XP, o megainvestidor Luis Stuhlberger, do Verde Asset Management, afirmou que uma possível quebra da China seria “really hard” (muito difícil, na tradução livre para o português) para o resto do mundo. Para ele, e também para os especialistas João Landau e André Jakurski, uma desaceleração econômica na China poderia ser um problema – não só para o Brasil – mas para a economia global.
“Primeiro, é muito difícil apostar contra a China diretamente. Apostar contra a China em uma quebra estrutural do modelo é difícil. Ninguém pode crescer tanto por tanto tempo sem ter problemas e a história da China é exatamente essa. Ela cresce sempre, todos os anos. Me dá aquele medo do dia que der um problema lá. Vai ser “really really hard”, disse Stuhlberger.
“Não foi por zero essa questão geopolitica. Essa questão é inflacionista para o resto do mundo”, complementou o megainvestidor.
Stulhberger explicou que o aspecto geopolítico, com o aumento da tensão entre China e EUA, pode levar a um protecionismo americano contra produtos chineses, por exemplo. Na visão do especialista do Verde Asset, entretanto, não depender da China para uma série de coisas ainda é um horizonte distante da realidade dos EUA hoje.