A Vibra (VBBR3) informou na noite de segunda-feira (23) que seu Conselho de Administração notificou a Americanas (AMER3) sobre o encerramento imediato da joint venture formada entre as duas empresas para exploração de lojas de pequeno varejo, dentro e fora de postos de combustível, por meio das redes Local e BR Mania.
Na parceria com a Americanas, a Vibra detém 50% do capital social da Vem Conveniência, com a outra metade sendo da varejista. Em fato relevante, a companhia explicou o encerramento da parceria.
“À luz dos recentes acontecimentos envolvendo a Americanas, que podem constituir alterações em premissas basilares que conduziram à celebração da parceria, com potenciais impactos à Vem Conveniência, a companhia informa que, por determinação do seu Conselho de Administração, notificou a Americanas para imediato encerramento da parceria, tendo iniciado os trâmites e procedimentos necessários para seu desfazimento”.
“O procedimento de desfazimento já estava estabelecido nos instrumentos da parceria, e busca, em resumo, o retorno dos negócios (Local e BR Mania) para os respectivos sócios originais, com a previsão de que a empresa Vem Conveniência seguirá com a companhia”, completou a Vibra em comunicado.
A parceria entre as duas companhias foi acertada e comunicada ao mercado em 1º de fevereiro de 2022. A Vem Conveniência teria uma estrutura de gestão e governança corporativa própria.
De acordo com o fato relevante, divulgado pelas duas companhias, a Vem Conveniência contava com 55 lojas de pequeno varejo fora de postos de combustíveis, com operação própria, e aproximadamente 1,2 mil de pequeno varejo em postos, operadas por franqueados.
As lojas Local e BR Mania ficarão com seus sócios originais. A Vem Conveniência vai continuar com a Vibra. As operações das lojas vão seguir em funcionamento.
Americanas (AMER3) acusa banco BV de agir de “má-fé”
A Americanas (AMER3) acusou o banco BV de agir de “má-fé” em sua estratégia de buscar reter recursos da empresa, que somam R$ 207 milhões. Por outro lado, a instituição financeira alega que a decisão judicial que permitiu que o BTG Pactual (BPAC11) mantivesse recursos da empresa depositados no banco pode ser aplicada também a ele. As informações são do “Broadcast”, do “Estadão”.
Em resposta ao banco BV, os advogados da Americanas afirmam que este não é o caso e que a Justiça do Rio determinou que o banco, e outros credores, repassassem o dinheiro para a rede de varejo, sob pena de “pesada multa”. “Essa é a terceira tentativa do Votorantim. E talvez, aliás, não seja a derradeira”, disseram.
A instituição monetária diz que está em “risco iminente de perder definitivamente” os valores que conseguiu reter da Americanas, que segundo a própria rede de varejo somam R$ 207 milhões. O argumento do banco, assim como o do BTG, foi que a realização da compensação de crédito da varejista foi feita “antes de qualquer ciência do pedido de Americanas e, ainda, da própria decisão que hoje é acusado de descumprir”.
Nesta segunda-feira (23), as ações da Americanas avançaram 15,49%, cotadas a R$ 0,82.