A Visa (VISA34) divulgou o balanço de resultados do segundo trimestre fiscal e bateu as expectativas do mercado. Com viagens voltando e migração do dinheiro físico para cartões, a empresa registrou bons números no volume de vendas. A ação opera em alta e a companhia vale US$ 455 bilhões na Bolsa,
Segundo o balanço, a Visa teve um lucro por ação de US$ 1,79, ante US$ 1,65 esperado pelo mercado. As vendas atingiram US$ 7,2 bilhão, acima dos US$ 6,8 bilhão projetados pelos agentes financeiros.
O resultado positivo foi ajudado, em parte, pela retomada dos gastos dos consumidores em viagens para o exterior, afirmou a companhia de pagamentos. Os gastos no setor chegaram ao patamar de 70% dos níveis pré-pandemia, e a expectativa é de que continue a se recuperar nos próximos meses.
Com as notícias, as ações da Visa (V) sobem cerca de 6,7% na Bolsa, custando US$ 214,66. Os ADRs (American Depositary Receipt) também avançam 5,24%, a R$ 53,00.
O volume de pagamentos da companhia subiram 135% no segundo trimestre fiscal na comparação com 2019, último ano antes da pandemia. As vendas nos EUA subiram 144% e as internacionais, 112%.
A Visa afirmou que a operação na América Latina também teve um crescimento forte, refletindo migração dos consumidores do dinheiro físico para os cartões.O CFO da empresa, Vasant Prabhu, disse que “mais e mais pessoas estão saindo do cash, e estamos vendo isso em todos os mercados”.
Impactos dos conflitos geopolíticos para a Visa
Mesmo com resultados positivos, a companhia disse que não tem sentido impactos do cenário macro e conflitos geopolíticos. O CEO da Visa afirmou que “ainda que existam incertezas criadas pela alta inflação, disrupções do supply chain, altas nas taxas de juros e a invasão na Ucrânia, não há nenhum impacto evidente em nossos volumes de pagamentos globais.
A Visa, junto com a Mastercard, suspendeu suas operações na Rússia após pressões do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O movimento integrou as sanções impostas pelo Ocidente como forma de pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a desistir da invasão ao território ucraniano.