WEG (WEGE3): conheça empresa que mais fez bilionários no Brasil

De acordo com a lista da Forbes, a WEG tem 29 acionistas bilionários, que, juntos, somam R$ 60 bilhões em fortuna

A WEG (WEGE3) é disparada a empresa brasileira que mais fez bilionários no País. De acordo com a lista da Forbes, a companhia tem 29 acionistas acima do bilhão, que, juntos, somam R$ 60 bilhões em fortuna. 

A companhia foi fundada em 1961 pelos empresários Eggon João da Silva, Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Atualmente, a fatia dos fundadores está nas mãos dos seus netos. 

Ao todo, a fortuna gerada pela companhia soma R$ 60,42 bilhões. Esse valor recuou 25% em relação a 2021 em decorrência da queda das ações da empresa na Bolsa de Valores. 

Cada um dos 29 acionistas bilionários membros da família fundadora recebeu uma parcela diferente de participação na empresa de acordo com as ramificações familiares até os fundadores originais. Os valores das fortunas dos herdeiros vão de R$ 1,2 bilhão a R$ 4 bilhões.

Atualmente, quem detém a maior fatia é Anne Werninghaus, filha primogênita do empresário Diether Werninghaus e neta de Geraldo Werninghaus. 

Depois de receber grande parte das ações detidas pelo pai, ela se tornou a maior acionista individual dentre os familiares. Sua fortuna é estimada em R$ 4,40 bilhões e lhe garante a 83ª posição na lista da Forbes.

Conheça trajetória da WEG

Após ser fundada em 1961, a companhia compra o terreno três anos depois e inicia a construção do Parque Fabril I. No mesmo ano, começa a fabricar no local. Seu capital social quando fundada foi de Cr$ 3.600,00 (três mil e seiscentos cruzeiros).

Já no início da década de 70, foi criada a política de qualidade da empresa e o 1º motor conforme Normas ABNT e IEC. No mesmo ano, se iniciaram as exportações para a Guatemala, Uruguai, Paraguai Equador e Bolívia.

A companhia abre seu capital em 1971. Dois anos depois, adquire o terreno Parque Fabril II – que ficaria pronto em 1977 – e inicia a construção da fábrica. A partir daí, a exportação de motores chega a 20 países.

Em 1981, é criada a WEG Transformadores e WEG Energia. No ano seguinte, são lançados os primeiros motores de grande potência – 100 a 200 KW e a primeira linha de contatores e relés de proteção.

Em 1983, a companhia segue expandindo e inicia a WEG Química. Cinco anos depois, surge a WEG Automação. 

No final da década de 80, Eggon João da Silva sai da presidência e passa o cargo para Décio da Silva. Os fundadores formam o Conselho de Administração.

Iniciando a década de 1990, é inaugurada a filial nos EUA. Em 1992, inaugura uma das fundições mais modernas da América Latina em Guaramirim, Santa Catarina. 

No ano seguinte, distribui a primeira participação nos lucros. Em 1995, segue expandindo no mundo e abre sua filial na Alemanha para, no ano seguinte, abrir na Inglaterra. Em 98, França, Espanha e Suécia também entram na lista. 

Fechando o século, alcança 79% de market share no Brasil em motores elétricos e exporta 29% de sua produção para cerca de 55 países.

Nos anos 2000, adquire as primeiras fábricas no exterior, mais precisamente na Argentina e no México. No ano seguinte, fatura o primeiro bilhão de reais em um só ano. 

Em 2003 fabrica o maior gerador do mundo até então (50.000kVA, 13,8kV, 4 polos). E em 2005 chega a China, onde inaugura sua primeira fábrica. 

Em 2007 compra a Trafo, fabricante de transformadores de força de grande porte e de subestações móveis e fixas com unidades em Gravataí, no Rio Grande do Sul, e Hortolândia, em São Paulo. 

Neste ano, também adquire a fabricante de turbinas hidraúlicas Hidráulica Industrial S/A – HISA. A aquisição reforça a atuação da companhia no segmento de geração, transmissão e distribuição de energia.

Em 2008, Décio da Silva assume a presidência do Conselho de Administração da WEG e Harry Schmelzer Jr. assume a presidência executiva da empresa. 

Já em 2010 adquire a Instrutech, de São Paulo, empresa brasileira fabricante de produtos e sistemas de automação industrial e comercial e de segurança, e o controle acionário da Voltran.

Em 2011 compra a Watt Drive Antriebstechnik GmbH, companhia austríaca especializada no desenvolvimento e fabricação de redutores, motorredutores, inversores de frequência e sistemas de acionamento, e a Electric Machinery, nos Estados Unidos, especializada em motores, geradores e excitatrizes.

No mesmo ano, inicia a fabricação de aerogeradores. Em 2012, realiza o primeiro fornecimento em geração de energia eólica.

O ano de 2014, realiza importantes aquisições como da Antriebstechnik KATT Hessen GmbH, empresa que atua na fabricação de motores especiais de alta velocidade, FTC Energy Group, empresa que atua na fabricação e montagem de painéis elétricos para automação de processos, e fábricas de motores elétricos para linha branca Changzhou Sinya Electromotor Co. e do fabricante de componentes Changzhou Machine Master Co., na China.

Já em 2015 adquire a Autrial S.L., fabricante de painéis elétricos para equipamentos e instalações industriais tem sede em Valencia, Espanha. Neste ano, chega aos números de parques fabris em 11 países e filiais comerciais em 28 países, e 31 mil colaboradores. 

No ano seguinte, adquire a Bluffton Motor Works, LCC., uma fábrica de motores elétricos nos EUA. 

Novo herdeiro do fundador da Weg

Após sete anos, a Justiça reconheceu o direito de um homem a receber parte da herança de Eggon João da Silva. 

Lucas Demathe da Silva, de 28 anos, entrou com ação para reconhecimento dos direitos, dando início ao processo. Após ser reconhecido como herdeiro, ele receberá o valor devido em cinco parcelas, das quais duas já foram pagas após o acordo. 

Ainda, o acordo deu fim aos processos que envolviam a herança e o inventário de Eggon, que tem outros cinco filhos com a esposa, além do herdeiro fora do casamento.

A fortuna de do fundador da WEG é estimada em US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões).

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