Um possível corte na taxa de juros (Selic) é uma boa notícia para o mercado de ações, mas parece que nem todas as empresas se beneficiaram deste corte, e este pode ser o caso da WEG (WEGE3), segundo o Itaú BBA contou ao Money Times. Segundo a corretora, a queda na Selic pode fazer com que investidores se afastem da tecnológica brasileira.
“Com a aproximação do ciclo de flexibilização, os investidores tendem a buscar ativos mais arriscados e com um beta maior”, explica Daniel Gasparete e equipe do Itaú. Ainda assim, a WEG surpreendeu o mercado com um resultado positivo no segundo trimestre de 2023, mas analistas não apostam em melhora nos próximos balanços.
“É menos provável que as vendas acelerem do que fiquem estáveis ou desacelerem, dado o desempenho um pouco pior do que o esperado do negócio solar e o alerta da WEG sobre a volatilidade da demanda de ciclo curto no exterior”, explicam os analistas.
Para eles, os próximos desafios criaram um cenário desconfortável e inédito para os investidores. “a WEG provavelmente apresentará em 2024 o segundo crescimento de lucros menos empolgante dos últimos 13 anos, atrás de 2016”, justificam.
WEG (WEGE3) eleva lucro em 50% e ultrapassa R$ 1 bi no 2T23
A WEG (WEGE3) divulgou que registrou um lucro líquido de R$ 1,368 bilhão no segundo trimestre de 2023. Esse valor representa um aumento de 49,9% em comparação ao mesmo período de 2022, conforme informado pela empresa nesta manhã de quarta-feira (19). O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,833 bilhão no 2T23, um crescimento de 45,9% em relação ao trimestre do ano passado.
A margem Ebitda da WEG atingiu 22,4% no segundo trimestre deste ano, representando um aumento de 4,9 pontos percentuais (p.p.) em comparação com a margem registrada no período homólogo de 2022.
No segundo trimestre deste ano, a receita líquida da WEG totalizou R$ 8,171 bilhões, registrando um crescimento de 13,7% em comparação com o mesmo período de 2022.
Já a margem bruta foi de 33,7% no 2T23, alta de 6,3 p.p. frente à margem do período do ano passado.
“A acomodação dos preços das principais matérias-primas que compõem nossa estrutura de custos, principalmente o aço e o cobre, em conjunto com a alteração do mix de produtos vendidos, crescente melhora no desempenho das operações no exterior e a constante busca por eficiência operacional e ganhos de produtividade foram fatores importantes para a evolução da margem bruta no trimestre”, explica a WEG.