A WeWork, empresa líder no setor de trabalho compartilhado no Brasil, perdeu uma área de 24,5 mil metros quadrados. O valor equivale a três campos de futebol e vem de uma crise em 2024 onde o grupo de cowrkings enfrentou calotes e devoluções de lajes corporativas.
A retração resultou numa perda de 4% de área na cidade de São Paulo ao longo de 2024. O levantamento foi feito pela consultoria Newmark e apurado pelo jornal O Globo. Como consta no levantamento: “Parte das devoluções foi compensada pelo aumento dos coworkings existentes, como Spaces, Vip Office, C.O.W. e outros, e pelo aumento da variedade de novas operações espalhadas por várias regiões da cidade”.
Apesar do encolhimento, a WeWork ainda lidera o mercado brasileiro no setor com 49,5% de participação. A segunda colocada, Regus (do grupo IWWG) possui 13,10% do mercado. A situação no Brasil reflete um cenário de adversidades globais que a empresa enfrenta desde 2019, quando a empresa tentou abrir um IPO (Oferta Pública Inicial, da sigla em Inglês) e falhou por problemas de governança.
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Softbank deixa capital
Após fracasso no IPO, a empresa foi assumida pelo SoftBank como controlador majoritário. O fundo japonês de investimento em tecnologia vendeu a operação da companhia no Brasil após atrasos recorrentes no pagamento do aluguel de imóveis que ocupa, como apurou o jornal O Globo.
Em 2023, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA com uma dívida superior a US$18 bilhões. O Brasil participava do imbróglio com dívidas de mais de R$66 milhões relacionados a fundos imobiliários e proprietários de imóveis.
O mercado está em transformação, com a expansão de novos players, como Spaces, Vip Office, e C.O.W, que têm atraído a atenção de pequenas e médias empresas, além de um aumento no número de coworkings espalhados por diversas regiões da cidade de São Paulo, espaço onde a WeWork ainda tem presença majoritária.
