Inadimplência

WeWork: Rio Bravo entra com ação de despejo por aluguéis atrasados

O edifício onde opera a WeWork, localizado na zona oeste de São Paulo, integra um dos FIIs da Rio Bravo; empresa atrasou 3 meses de aluguel

Foto: Divulgação / WeWork
Foto: Divulgação / WeWork

A operação da WeWork se tornou alvo de uma ação de despejo pela proprietária do imóvel onde a empresa está estabelecida, após 3 meses consecutivos de aluguel

O imóvel integra a carteira do FII (Fundo de Investimento Imobiliário), de acordo com a “Bloomberg”, Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que tem hoje cerca de 35 mil cotistas.

O edifício onde opera a WeWork é chamado de “Girassol 555″, localizado no bairro da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

“Desde o primeiro atraso, a situação foi acompanhada de perto pela gestora, que enviou diversas notificações à locatária, em conjunto com os demais proprietários do imóvel. As negociações com a Alvarez & Marsal, representante da WeWork, não resultaram em um acordo satisfatório para os cotistas”, disse Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo, em nota.

Segundo a executiva, a WeWork propôs, entre outros pontos, redução dos valores de aluguel, o que a Rio Bravo rejeitou de imediato.

WeWork arcava com outros custos, mas atrasou 3 meses de aluguel

O patrimônio sob gestão da empresa, que administra 40 fundos de investimentos, está avaliado em R$ 13,4 bilhões.

Mesmo arcando com custos de condomínio e IPTU, a Rio Bravo afirmou que a WeWork não pagou os alugueis dos meses de maio, junho e julho de 2024 não pagos, apesar de continuar a arcar com os encargos de condomínio e IPTU.

“Após o término do período de cura previsto no contrato, encerrado em 20 de agosto, os proprietários decidiram tomar medidas legais. Contratamos um assessor legal para defender os direitos dos proprietários, incluindo o ajuizamento de duas ações judiciais, sendo uma para a cobrança dos alugueis em atraso e outra de despejo por falta de pagamento, com um pedido liminar para a desocupação do imóvel”, completou a sócia da Rio Bravo. 

A WeWork representa menos de 10% do FII RCRB11. No entanto, a companhia afirmou, segundo o veículo de notícias, desconhecer qualquer notificação de despejo. 

“A empresa segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil. Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade e a negociação em andamento não altera nosso compromisso de prestar o excelente serviço que eles esperam”, afirmou.