XP: norte-americana Shwab estaria interessada em montante do Itaú (ITUB4) na corrretora

Com a compra, a corretora se tornaria um sócio estratégico na expansão internacional da XP

A XP Inc. pode ter a corretora norte-americana Charles Shwab como novo sócio, segundo o jornal “Valor Econômico”. A Shwab estaria interessada na fatia pertencente ao Itaú Unibanco (ITUB4), que deve ser vendida ainda neste ano. 

No mês passado, o Itaú comprou 11,37% da XP, por R$ 8 bilhões. No entanto, segundo as regras da Basileia, bancos que possuem mais que 10% de participação em outras instituições financeiras, devem deduzi-las de seu capital regulatório. De acordo com o presidente do Itaú, Milton Maluhy, 1,37% das ações devem ser vendidas ao longo de 2022. A princípio, o banco pretendia fazer a saída de forma gradual.

Ainda segundo o “Valor Econômico”, a XP teria interesse na aproximação com a Schwab, uma vez que a corretora teria se inspirado na companhia norte-americana para se transformar em uma plataforma de investimentos de varejo. Anos atrás, a Shwab já teria avaliado realizar um aporte na XP, mas o negócio acabou não indo para a frente. 

Uma fonte afirmou que a XP tem se engajado ativamente no possível negócio com a Shwab, a fim de procurar uma opção que faça sentido para a companhia no longo prazo. A XP já deu início à expansão internacional de seus produtos, a partir da possibilidade de criação de contas internacionais de investimentos no exterior para determinados públicos. Ter a Shwab no conselho da companhia a ajudaria a expandir seu público e atuação nesses mercados. 

Itaú Unibanco (ITUB4) e participação na XP

A aquisição de 11,36% da XP por parte do Itaú é uma continuação da saga que se estende desde 2017. Em maio de 2017, foi realizada a primeira transação entre as partes, quando o banco firmou um contrato para a aquisição de 49,9% do capital social da corretora. O objetivo do Itaú era adquirir 75% do capital da XP de forma escalonada. 

No entanto, no ano seguinte, o Banco Central proibiu o Itaú de comprar o controle da XP Inc., argumentando que a ação caracterizaria concentração de mercado. A decisão se tornou um impasse para o Itaú, uma vez que o banco ainda precisava comprar 11,38% de participação da XP para saldar os compromissos contratuais previamente estabelecidos. A compra recente foi autorizada pelo BC, uma vez que o percentual minoritário não dará ao Itaú o status de controlador da corretora de investimentos. 

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