Responsável pela venda de ativos do Centro de Imagem Diagnósticos SA (Alliar), a XP Investimentos está conversando com fundos de private equity (que compram participação em outras empresas) para negociar a aquisição dos papéis da Alliar. A clínica é dona de 15 marcas, entre elas o laboratório CDB, que tem um parque instalado de máquinas, no qual a XP prioriza sua estratégia para atrair interessados.
Além dos fundos, a corretora já ofereceu os ativos para a Rede D’or e o Grupo Fleury, sendo que o último chegou a divulgar um comunicado no dia 30 de agosto afirmando que estava estudando a possibilidade de adquirir a Alliar, mas que ainda não havia feito proposta.
Algo que dificultou a negociação com as companhias foi a aquisição de 21,14% da Alliar pelo empresário baiano Nelson Tanure, por meio de seu fundo MAM Asset Management, o investidor agora possui 26,27% da participação da clínica. A decisão dele veio após a D’Or revelar uma oferta pública de aquisição da Alliar por R$ 1,36 bilhão, pagando R$ 11,50 por ação.
Tanure está agora questionando o acordo de acionistas firmado pelos médicos fundadores da Alliar e outros, que têm mais de 50% de participação. O compromisso foi assinado após a entrada inesperada de Tanure, e definiu uma estratégia de venda de ações e um plano estratégico.
O MAM entrou com pedido de assembleia geral extraordinária para deliberar sobre a destituição do atual conselho de administração e a eleição de nova chapa, bem como um aumento de capital. Tanure ainda deseja a aprovação de novo plano estratégico, a constituição de novo conselho médico e a destituição do conselho fiscal. O prazo para a convocação da AGE solicitada pelo MAM termina em 4 de outubro.