XP (XPBR31) revisa projeção de dólar a R$5 em 2023

A XP (XPBR31) revisou para baixo as projeções do dólar para 2023 e 2024. Segundo relatório da equipe de macroeconomia da XP, os economistas Rodolfo Margato e Alexandre Maluf reduziram a projeção para o dólar de R$ 5,30 para R$ 5 ao final de 2023 e de R$ 5,40 para R$ 5,15 ao final de 2024. As informações são do Info Money

Economistas destacaram que as condições econômicas globais estão favorecendo uma apreciação do real. Eles apontam que o dólar norte-americano tende a se enfraquecer devido ao provável fim do aperto monetário do Fed (Federal Reserve) e uma possível recessão nos EUA. Além disso, a expectativa é que os preços das commodities se estabilizem, após a recente correção baixista, especialmente para produtos agrícolas. Com isso, o balanço de pagamentos do Brasil é projetado como robusto, com crescimento das exportações e entrada líquida significativa de IDP (Investimento Direto no País).

Segundo a análise, esses fatores combinados contribuem para a revisão para baixo das projeções do dólar, com expectativa de um valor menor em relação ao real tanto para o final de 2023 quanto para o final de 2024.

Persistem incertezas sobre a condução da política econômica no âmbito interno, apesar da aprovação do “novo arcabouço fiscal” pela Câmara dos Deputados. O projeto, que ainda precisar ser aceito no Senado, pode resultar em alguma redução nos prêmios de risco, o que contribui para uma perspectiva de enfraquecimento do dólar. No entanto, os economistas Margato e Maluf destacam que ainda existem incertezas em relação a essa questão.

Com um câmbio mais favorável e preços de commodities mais baixos, os economistas revisaram para baixo a projeção de inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023, passando de 6,2% para 5,4%. Eles apontam reduções nas estimativas para os preços de alimentos no domicílio, bens industrializados e serviços. Essas revisões também se estendem para 2024, com uma projeção de inflação de 4,7% em vez dos 5,0% anteriores, refletindo a menor inércia inflacionária de 2023 e o câmbio mais forte.