Após a XP investimentos divulgar um relatório na quarta-feira (9) revelando os salários de executivos das maiores companhias do país, representantes entraram em contato para ratificar as informações veiculadas. No documento, estavam discriminados um crescimento médio anual de 28,6% para diretores.
A Hapvida informou em nota que os números apresentados pela XP são “mais fictícios que reais”. O CFO (diretor-financeiro) da companhia afirmou que o salário real referente a 2024 é metade da cifra apontada no documento. O estudo da XP calculava a remuneração total da Hapvida em 2024 em R$ 111 milhões.
De acordo com o dirigente, o erro da gestora está no cálculo da stok option plan, uma estratégia de empresas que permitem a compra de ações da companhia a um preço pré-determinado, geralmente abaixo do valor de mercado, após um período específico. As informações são do portal Brazil Journal
Segundo Adib, a maior parte dessas ações não existirá em 2026, não gerando impacto na companhia. O CEO da Prio, Roberto Monteiro, disse não ter ideia de onde o relatório tirou o valor da remuneração da companhia em 2024.
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Serena e Vale também emitiram questionamentos acusando discrepância de dados. Dentre as blue chips brasileiros, os diretores da Brava (305%); Grupo Mateus (140%) e Prio (123%) tiveram as maiores altas em suas remunerações no intervalo de quatro anos. A JBS, Hapvida e Cosan pagaram os maiores valores considerando a média entre 2021 e 2024.
XP responde questionamentos
A corretora informou que todos os números presentes no relatório estão disponíveis nos formulários de referência das empresas. Segundo a XP, todos os dados foram extraídos dos arquivos referentes a 2021 até 2023 e projetados para 2024.
Segundo a gestora, isso levou a algumas discrepâncias porque as empresas podem ter modificado os valores após a consulta, o que levou a uma possível desatualização no relatório. Por conta dos erros, a XP investimentos informou que decidiu por retirar o material de seus sistemas.
