A XP (XPBR31) ultrapassou pela primeira vez em sua história a marca de R$ 1 trilhão em ativos de clientes.A informação foi divulgada por Guilherme Benchimol, fundador e presidente-executivo do Conselho de Administração da XP, e Thiago Maffra, CEO da empresa, no palco do B2BXPerience, que reúne 650 sócios de operações parceiras da empresa, em Buenos Aires, na Argentina.
A XP vinha se aproximando de seu primeiro trilhão. No primeiro trimestre deste ano, a companhia havia atingido R$ 954 bilhões de ativos sob custódia. As informações são do Neo Feed.
Em 2017, a XP Inc. contava com R$ 100 bilhões de ativos sob custódia, o que significa que conseguiu aumentar os ativos de clientes em dez vezes no período de seis anos. Hoje, a companhia conta com 4 milhões de clientes.
A meta da XP é abocanhar 25% do mercado de investimentos. Para atingir esse objetivo, a empresa escolheu três frentes. A primeira delas, de acordo com o que disse Maffra recentemente em um evento, é continuar “roubando” clientes das principais instituições concorrentes, por conta da grande concentração de clientes nas mãos de poucos bancos.
A segunda avenida de crescimento é seguir avançando com produtos bancários, como seguros, crédito, cartões. Essa parte vem sendo construída pela XP desde janeiro de 2020, depois de ela ter recebido a licença de banco do Banco Central no final de 2019.
A terceira vertical de crescimento vislumbrada pela XP é a parte do banco de atacado. A empresa nasceu para atender o varejo e desde 2014 ela atua no atacado, começando pela parte de investment banking, para originar produtos e fomentar o mercado.
Atualmente, a XP. vale US$ 12 bilhões na Nasdaq. Suas ações sobem 60% em 2023.
Benchimol: ‘Quem apostar contra o Brasil vai perder dinheiro’
O fundador da XP, Guilherme Benchimol, declarou estar confiante de que um “ciclo virtuoso” se aproxima para a economia brasileira, com a recuperação do protagonismo do país no mundo. A declaração foi feita na Argentina em um evento da empresa com mais de 650 assessores de investimentos.
“A tendência natural para o cenário macro é de um dólar um pouco mais fraco no mundo, e os emergentes, como o Brasil, com mais protagonismo em nível global. Os juros também devem ter uma redução, o que beneficiará o país como um todo. As empresas investirão mais, o nível de investimentos e emprego vão melhorar. É um ciclo virtuoso que se aproxima. Quem apostar contra o Brasil irá perder dinheiro e, acima de tudo, muitas oportunidades”, declarou Benchimol na abertura da segunda edição do B2B XPerience, evento realizado pela companhia e que acontece neste fim de semana, em Buenos Aires. As informações são do jornal “O Globo”.
Para exemplificar o ciclo virtuoso que crê que está para se iniciar, Benchimol citou o EWZ, índice da bolsa brasileira dolarizada, que acumula perda de mais de 30% desde o final de 2010. Antes, no período entre 2002 e 2010, o mesmo indicador subiu mais de 600%.
A fala do executivo vem depois do voto de confiança da S&P, a agência de classificação de risco que elevou a perspectiva da nota do Brasil esta semana.