A XP (XPBR31) já vem sinalizando ao seu quadro de funcionários, desde o ano passado, que “ajustes” seriam necessários para que a empresa pudesse se “adequar” a um cenário econômico desafiador. Os ajustes incluem demissões que podem chegar a 10% da gestora, segundo apuração do “Brazil Journal”.
No mercado, fala-se que os cortes, que começaram ainda em 2022, devem continuar neste ano, afetando em torno de mil funcionários da empresa.
“A prioridade era crescer; agora é eficiência”, disse um integrante do alto escalão ao jornal. “Todas as áreas estão buscando isso”.
“Agora é suor e lágrimas,” disse Guilherme Benchimol, fundador da XP, em uma reunião, segundo o relato de participantes. Todos terão de “fazer mais com menos”, disse ele, usando uma frase que gosta de repetir.
“Houve alguns exageros e isso se refletiu nos resultados. É preciso corrigir,” outro executivo da companhia disse ao Brazil Journal.
Ativos de clientes da XP cresceram no 4T22, diz prévia
A XP (XPBR31) revelou que os ativos de clientes tiveram uma alta de 2% e somaram R$ 946 bilhões, de acordo com a prévia divulgada na última terça-feira (17). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o avanço foi de 16% e a base de clientes também subiu e chegou a um total de 3,9 milhões, uma alta de 2% no trimestre e de 14% na base anual.
A captação líquida total da XP foi de R$ 155 bilhões em 2022, ou R$ 12,9 bilhões por mês. Já em relação ao quatro trimestre, o montante foi de R$ 31 bilhões — recuo de 11% na base trimestral e de 36% na base anual.
Do total dos ativos de clientes da XP, R$ 843 bilhões foram do varejo e outros R$ 103 bilhões do corporate [grandes empresas]. A captação líquida desses segmentos também caiu.