A aquisição de 100% de participação societária no Instituto Cultural Newton Paiva Ferreira foi concluída pela Yduqs Participações (YDUQ3) pelo valor de R$ 49 milhões.
O negócio foi feito por meio da subsidiária da Yduqs, Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá. O Instituto Cultural Newton Paiva Ferreira, é mantenedora do Centro Cultural Newton Paiva.
O negócio já havia sido anunciado no meio deste ano. O pagamento do montante será feito em duas etapas, primeiro no valor de R$ 34,3 milhões pago à vista, e depois outros R$ 14,7 milhões pagos em cinco anos, com reajuste pelo CDI.
A expectativa da empresa é uma relação de 2,2 vezes o EV/Ebitda (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025, por conta das sinergias de custo e despesas previstas com a aquisição, segundo o “InfoMoney”.
O Newton Paiva é um centro universitário com mais de 50 anos, com sede em Belo Horizonte (MG). Com dois campi na cidade e uma base total de 7,6 mil alunos.
Cogna e Yduqs voltam a conversar sobre possível fusão
A Cogna (COGN3) e a Yduqs (YDUQ3) voltaram a conversar sobre uma possível fusão de suas atividades, ao passo que outras negociações ocorrem no setor, segundo apuração do “Valor”. Anteriormente, cerca de 7 anos atrás, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico) reprovou a fusão entre Kroton e Estácio, antigos nomes das empresas.
Apesar de ainda não haver nada formalizado, alguns desafios já surgiram, segundo o veículo. Um dos empecilhos é o fato da Cogna querer incluir na combinação seus ativos de educação básica. No entanto, a Yduqs não tem interesse.
Os tamanhos das companhias se assemelham e retirar a operação de educação básica deixaria a Cogna em desvantagem, disseram fontes.
A receita líquida da Cogna em 2023 foi de quase R$ 6 bilhões e Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de R$ 1,8 bilhão. Enquanto isso, a Yduqs registrou R$ 5,1 bilhões em receita e lucro operacional de R$ 1,6 bilhão.
O Morgan Stanley é o assessor da Yduqs nas conversas de fusão e aquisição, ao passo que a Cogna não tem assessor financeiro ainda, segundo o veículo de notícias.
As operações da Cogna em educação básica são a Vasta, com ações na Nasdaq, com um portfólio que inclue vários sistemas de ensino, como Anglo e pH, e um Ebitda em torno de R$ 400 milhões.
A venda de livros didáticos das editoras Saraiva, Ática e Scipione para o governo federal, que em 2023 registraram um Ebtida recorrente de R$ 175 milhões, é o outro negócio.