Com 12 operações

Fusões e aquisições no agro crescem 140% em 2024

A maior parte das fusões e aquisições ocorreu nos setores sucroalcooleiro e de fertilizantes

Fusões e aquisições crescem
Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro realizou 12 fusões e aquisições em 2024, o que representa um crescimento de 140% em relação a 2023 (com 5 operações) e o maior número de operações do tipo dos últimos cinco anos, de acordo com relatório da KPMG. Em 2022, foram 11 negócios do tipo e em 2021 e 2020 foram nove em cada ano.

A maior parte das fusões e aquisições ocorreu nos setores sucroalcooleiro e de fertilizantes.

A performance no segmento de fertilizantes era esperada, uma vez que a atividade é intensiva em capital e exposta a riscos de contrapartes, especialmente em contexto de aumento das recuperações judiciais no setor agropecuário, disse a sócia-líder de agronegócio da KPMG, Giovana Araújo, ao “Globo Rural”.

Enquanto cinco das operações realizadas em 2024 foram domésticas (entre companhias brasileiras); três corresponderam a estrangeiras adquirindo capital de brasileiras; em três, brasileiras compraram capital de empresa do exterior estabelecida no Brasil; e uma envolveu empresa estrangeira comprando capital de outra estrangeira com operações no Brasil.

Um exemplo dessas transações ocorreu em junho, quando a inglesa BP comprou 50% da Bunge na joint venture que as empresas tinham na BP Bunge Bioenergia no Brasil. Outra transação envolveu a gestora Aqua Capital assumindo controle da empresa do mercado de agricultura regenerativa Solubio, por R$ 100 milhões.

Exportação do agro cai 5,3% em janeiro, para US$ 11 bi

As exportações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 10,999 bilhões em janeiro, o que representa uma queda de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024, como divulgou o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Apesar da queda, o valor é o segundo maior já alcançado para o mês.

O valor ficou US$ 616 milhões abaixo dos US$ 11,615 bilhões registrados no primeiro mês do ano passado. O setor agropecuário foi responsável por 43,7% de todas as exportações do Brasil, ante 43,5% em janeiro de 2024. No último mês, o segmento foi afetado por uma queda nos embarques de soja, milho e do complexo sucroalcooleiro.

“A queda ocorreu em função, principalmente, da redução do índice de quantidade das exportações, que caiu 10,1%”, disse a SCRI (Secretaria de Comércio e Relações Internacionais), do Mapa, em nota.