A divulgação das conclusões finais do comitê independente, que investigou por um ano e meio o esquema fraudulento na Americanas (AMER3), já gerou uma reação significativa no mercado.
Há uma busca intensa por informações, seja para responsabilizar os envolvidos judicialmente, seja para alinhar estratégias de defesa.
Esta é a primeira investigação concluída sobre o caso; na esfera criminal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal ainda continuam suas investigações.
A Americanas deve divulgar as informações coletadas, conforme a visão dos advogados, por uma questão de transparência.
No entanto, são milhares de arquivos e uma grande quantidade de dados, incluindo informações pessoais e sensíveis que ainda precisam ser analisadas. Quando procurada, a Americanas informou que realizará a divulgação, mas não mencionou prazos específicos.
Americanas (AMER3): Comitê confirma fraude contábil
Através de fato relevante divulgado na terça-feira (16), a Americanas (AMER3) informou que recebeu as conclusões do trabalho de investigação do Comitê Independente criado para apurar o rombo na empresa e que a fraude contábil foi confirmada.
“As evidências apresentadas pelo Comitê confirmam a existência de fraude contábil, caracterizada, principalmente, por lançamentos indevidos na conta Fornecedores, por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”, dentre outras operações fraudulentas e incorretamente refletidas no balanço da Companhia”, destacou a varejista.
A Americanas (AMER3) reiterou que os responsáveis por orquestrar os golpes não fazem mais parte dos quadros da empresa e que a diretoria foi orientada a tomar as “providências necessárias para a comunicação às autoridades competentes”.