O processo de compra, venda ou aluguel de um imóvel não costuma ser algo fácil para as partes interessadas. Envolve várias etapas, muitas delas estressantes e burocráticas. A boa notícia é que, com o avanço da tecnologia, as construtoras e imobiliárias estão conseguindo facilitar muito esse processo, tornando a jornada mais fácil para proprietários e para quem procura uma casa ou apartamento.
Logo na etapa inicial de busca, na qual o interessado vai definir os imóveis que mais se encaixam dentro do seu perfil, e então buscá-los em diversos veículos, vemos cada vez mais o modelo de “classificados” dar lugar a algoritmos mais sofisticados, que efetivamente auxiliam no processo de definição do imóvel e na separação das melhores oportunidades disponíveis.
Depois de definidos os imóveis de interesse, o cliente inicia as conversas com corretores, imobiliárias e proprietários. Essa etapa é normalmente longa, se estende por meses de conversas e, para facilitar a troca de informações, assistentes de inteligência artificial já podem fazer esse “meio campo” e tornar, do lado do cliente, o atendimento mais ágil e direto e, do lado do corretor, menos repetitivo e desgastante (para cada cliente que conversa com o corretor, existem alguns que nunca o respondem, o que é algo extremamente desgastante no dia a dia de quem trabalha com atendimento imobiliário). Os mecanismos de LLM (Large Language Model), como o chatbot Mila, tornaram a interação homem-bot fluida, agregando valor e velocidade no primeiro atendimento ao cliente, e deixando a interação humana para clientes efetivamente interessados.
Dos imóveis de interesse, alguns seguem para a etapa de visitação, na qual, tradicionalmente, o cliente é acompanhado por um corretor ou pelo proprietário pessoalmente no imóvel. Com a tecnologia, porém, as visitas virtuais, com tours imersivos 360°, estão cada vez mais difundidas, e podem servir como uma etapa extra de filtragem. Pessoalmente, acho difícil substituir 100% a visita presencial, porque as pessoas querem sentir o local, mas a visita virtual serve para evitar muitos “sustos” que os clientes levam ao chegar pela primeira vez em um apartamento ou casa.
A fase de negociação, que envolve o envio de propostas e documentação, da mesma forma, não exige mais que o interessado se desloque até a imobiliária. Hoje, tudo isso pode ser feito, sem perda de tempo, pelo computador, incluindo aí a assinatura do contrato. Vale lembrar que essa parte do processo requer uma grande quantidade de documentos – na compra, o cliente precisa comprovar que tem condições de arcar com o valor do imóvel e que não há pendências em seu nome e o proprietário provar que o imóvel está livre de ônus; já no aluguel, o inquilino é obrigado a eleger um fiador ou seguro fiança. Portanto, há aí um ganho significativo no trâmite burocrático, praticamente todo ele feito online.
Após a negociação, se for um processo de compra de imóvel, há a definição de financiamento, e novamente a tecnologia tem ajudado muito os potenciais compradores: com auxílio de ferramentas de busca de opções de financiamento, enxerga-se uma relevante redução nas taxas de juros contratadas pelo cliente, o que, ao longo de anos de financiamento, pode significar uma economia de muitos milhares de reais. Nada de fechar financiamento no banco que tem relacionamento: uma busca exaustiva pelas melhores taxas pode fazer muita diferença no bolso.
Enfim, com as novas tecnologias, enxergamos uma grande revolução no mercado imobiliário, que vem transformando rapidamente a maneira de fazer negócios para as empresas do setor, com ganhos efetivos para quem precisa vender, comprar ou alugar, bem como para quem está buscando. As empresas que acompanharem essas tendências serão as que vão melhor se adaptar dentro de um setor que, embora tradicional, se mostra cada vez mais competitivo e tecnológico.