O BC (Banco Central) informou que, em novembro, o investimento estrangeiro em ações brasileiras registrou uma saída de US$ 627 milhões. No mesmo período de 2023, o fluxo havia sido positivo, alcançando US$ 1,738 bilhão.
Por outro lado, o investimento líquido em fundos de investimento no Brasil foi de US$ 96 milhões em novembro, revertendo o resultado negativo de US$ 139 milhões observado em 2023.
Em relação aos títulos de renda fixa, o saldo do investimento estrangeiro foi de US$ 5,522 bilhões em novembro, um aumento significativo em relação ao valor de US$ 833 milhões registrado no mesmo mês de 2023.
No acumulado de janeiro a novembro, o investimento estrangeiro em ações brasileiras apresentou uma saída de US$ 10,458 bilhões. Já o investimento em fundos de investimento no Brasil teve uma entrada líquida de US$ 2,033 bilhões, e o saldo dos títulos de renda fixa ficou positivo em US$ 17,374 bilhões.
Investimentos: quais setores podem surpreender em 2025?
Para os investimentos, o ano de 2024 teve alguns destaques positivos, com ótimos desempenhos em setores como a carne bovina, aeronaves, energia e equipamentos eletrônicos, mas também houve apostas frustradas. Companhia dos setores de aluguel de caminhões, máquinas agrícolas, e transporte de cargas são exemplos.
Essas experiências mostram que o mercado pode ser uma caixa de surpresas, mesmo assim, é preciso arriscar. Por isso, alguns especialistas avaliaram o cenário para o BP Money e trouxeram suas apostas para 2025. Confira:
Para o gestor da Hike Capital Ângelo Belitardo, uma das maiores oportunidades para 2025 é o spin off da Vamos (VAMO3). A empresa vai isolar seu segmento de concessionárias do setor de aluguel de caminhões para constituir duas novas empresas.
As novas companhias vão ser a Vamos Locadora e a NEWCO (resultado da fusão entre a Vamos Concessionária e a Automob). De acordo com Belitardo, a principal oportunidade está na Vamos Locadora, com grande potencial de ganho devido ao desconto “exagerado” nas ações.
Belitardo também destaca outros mercados pouco conhecidos pelos analistas, mas com grande potencial, como o de transporte de containers, com a Santos Brasil (STBP3); distribuição de medicamentos, com a Profarma (PFRM3); e distribuição de produtos eletrônicos, com a Allied Tecnologia SA (ALLD3).
O gestor destaca que estas são empresas em crescimento, com baixo nível de dívidas e com receitas resilientes e previsíveis. “Elas vão continuar crescendo e entregando resultados bastante satisfatórios, cujo rendimento com dividendos deverá ser superior ao patamar da Selic projetado”, comenta Belitardo.
Ele também destaca empresas que podem ser favorecidas por um cenário de juros altos, como a BB Seguridade (BBSE3) e a Caixa Seguridade (CXSE3). E aquelas com rendimentos projetados superiores às projeções máximas da Selic, como a Cemig (CMIG4), que, de acordo com Belitardo, deve oferecer dividendos superiores a 15% “mesmo em um cenário onde a cotação do minério de ferro está em baixa”.